
O juiz federal Miguel Florestano Neto, de 51 anos, foi encontrado morto em seu apartamento, na manhã desta segunda-feira (28), em Piracicaba (SP). O juiz residia em um condomínio na rua Voluntários de Piracicaba, bairro Alto, ao lado do Pão de Açúcar.
De acordo com informações apuradas pelo Jornal de Piracicaba, viaturas da Polícia Militar e da Polícia Civil foram até o Edifício Delta Club, por volta das 10h30, no cruzamento da rua Voluntários de Piracicaba com a rua Manoel Ferraz de Arruda Campos, o que gerou uma grande movimentação policial no local. O caso será investigado posteriormente.
O juiz Miguel Florestano Neto deixa filho, irmãos, demais familiares e amigos. A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) se manifestou a respeito da morte de Miguel no começo desta tarde. "A Ajufe recebe com pesar a notícia do falecimento de seu associado, o juiz federal Miguel Florestano Neto, ocorrido nesta segunda-feira (28). A Ajufe lamenta a perda e manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares", informa a associação por meio de uma nota.
O Grupo Unidas informou que a cerimônia de cremação do juiz será realizada nesta terça-feira (29), no Crematório Ecológico Metropolitano da cidade de Ribeirão Preto (SP).
CARREIRA -- De acordo com a Ajufe, o magistrado era graduado em Direito (1993) e em Ciências Econômicas (1994), com especialização em Direito Processual Civil (1996) e mestrado em Direito Constitucional (2006), todos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Era Juiz Federal desde 2000 e presidiu o Juizado Especial Federal de Campo Grande (MS) de 2006 a 2011. Atuou como membro suplente do TRE/MS no biênio 2007-2008 e como titular no biênio 2009-2010.
Foi professor de Direito Constitucional em cursos de graduação e cursos preparatórios para concursos públicos de 2000 a 2006. Em 2008, lecionou em cursos de pós-graduação lato sensu (Uniderp e UCDB).
De 2013 a 2019, lecionou Direito Penal no Claretiano Centro Universitário (Rio Claro/SP) com participação recorrente em bancas de trabalhos de conclusão de curso de graduação e no curso de Pós-graduação em Direito Penal do Proordem em Goiânia (GO) desde 2019.
Foi também membro da Comissão Permanente de Acompanhamento da Reforma da Legislação Penal e Processual Penal da Ajufe, biênio 2020/2022 e membro da Comissão de Acompanhamento do PL 2.630 (que trata das "fake news") da Associação.
Rafael Fioravanti | rafael.fioravanti@jpjornal.com.br
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