
E ainda quais são os acessórios que devem ser oferecidos ao pet e como higienizar corretamente o espaço
Quando nos tornamos responsáveis por um animal de estimação que vive grande parte do tempo em um único espaço, como é o caso dos hamsters, pensar no seu conforto e segurança é muito importante. Ainda que pequenos, estes roedores precisam de espaço para realizar suas atividades diárias, gastar energia e ter uma vida saudável. As gaiolas já são conhecidas entre os tutores, mas também há a possibilidade dos terrários.
De acordo com a médica veterinária Yamê Davies, especializada em clínica de animais silvestres e exóticos, a principal diferença entre o terrário e a gaiola é o material usado. O primeiro é um ambiente fechado, composto de vidro e madeira na maioria das vezes, já o segundo é constituído por grades de metal pintadas com tinta à base de água.
“A escolha entre terrário e gaiola depende também dos hábitos do seu hamster. Alguns animais costumam se pendurar e escalar as grades de gaiolas. Este hábito pode causar quedas e outros acidentes, por isso, indica-se o uso de terrários de vidro”, recomenda.
Em ambos os casos, o tutor deverá complementar o espaço com brinquedos, locais onde o pet irá descansar, realizar suas necessidades e se alimentar. Para que tudo caiba sem sufocar o animal, a indicação é que o terrário tenha, em média, 80 a 90 cm de comprimento, 40 a 50 cm de largura e 40 a 50 cm de altura.
Alguns acessórios são indispensáveis, entre eles, o bebedouro e também as rodas para exercícios e os tubos. Eles servirão como entretenimento para o hamster, porém, atenção: a roda deve ser fechada, sem grades ou vazada para evitar que a pata se prenda durante o uso e machuque o animal.
O terrário também deve ter uma área exclusiva para que o hamster tenha acesso ao feno, sua principal fonte de alimentação. Não há problema algum em deixá-lo próximo ao pote de ração, mas esta deve ser ofertada com cuidado. “Ela deve ser fornecida em pouca quantidade, cerca de 10 gramas diariamente, no máximo. O feno é essencial por ser o único alimento que promove o desgaste natural dos dentes dos roedores”, afirma o biólogo e médico veterinário Tiago Perez.
Ainda sobre alimentação, Yamê recomenda oferecer legumes, verduras verdes, frutas e petiscos, ambos em pequenas quantidades que não extrapolem duas vezes na semana. Grãos e sementes, como castanhas, nozes, também são bem-vindos.
Quanto ao local onde ele fará suas necessidades, essa escolha será individual de cada hamster. A maioria tem o hábito de eleger uma área, geralmente longe de onde dorme. De qualquer forma, todo o chão deve ser coberto com granulado seguro para a saúde do bicho. “Temos que ter cuidado com o substrato fornecido. O uso de maravalha, serragem ou raspas de madeira não é aconselhável, pois, apesar de serem materiais que realizam uma rápida absorção dos dejetos do hamster, podem soltar muitas partículas e pó, que causam problemas respiratórios e alergias nos roedores”, alerta a médica. A sugestão é utilizar granulado sanitário ou até mesmo papel toalha picado, lembrando sempre de consultar o veterinário antes de bater o martelo sobre a decisão.
Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br
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