Nova licitação deverá regularizar o funcionamento do espaço em junho
Todos os alunos cadastrados em avaliação socioeconômica receberão alimentação na Esalq (Escola superior de Agricultura Luiz de Queiroz). O campus local e o Cena (Centro de Energia Nuclear na Agricultura), ambos da USP (Universidade de São Paulo), atenderão estudantes da graduação e pós-graduação no programa com entrega de marmitas por meio de um contrato emergencial com validade a partir de hoje até 1º de junho. A antiga empresa que administrava o restaurante universitário desistiu do contrato no último dia 17 de março por problemas econômicos devido à pandemia da covid-19. As informações são do prefeito do campus Luiz de Queiroz, Roberto Arruda de Sousa Lima.
Como um ente público, a Esalq precisa fechar um contrato para a alimentação por meio de licitação, conforme exige licitação. A duração de cada contratação é de cinco anos e, anualmente, há uma revisão do documento a fim de as partes se manifestarem pela renovação do documento. O prefeito do campus entende que houve diversos prejuízos ao setor de alimentação devido às crises sanitária e econômica atuais, cenário somado à alta dos preços dos insumos. “Como o contrato não pode ser alterado, o lucro da empresa ficou muito reduzido e chegou ao negativo”, relata Sousa Lima.
A situação fez com que a empresa deixasse o contrato e não realizasse as reformas e manutenções previstas na licitação com a escola. Para que tudo se regularize, a direção da Esalq terá de esgotar legalmente todas as possibilidades de negociação a fim de que sejam realizados reparos menos complexos no prédio do restaurante, como pintura, até revisão de equipamentos. “É como um contrato de aluguel. Se a empresa anterior não executar o serviço, o que provavelmente não irá fazer, teremos que acionar a seguradora. Caso isso não se resolva rapidamente, a Esalq irá fazer por conta própria”, informa o prefeito do campus, que calcula que este processo irá demorar mais de um mês.
A principal preocupação de Sousa Lima é quanto à regularidade no fornecimento das refeições aos estudantes, o que ele pontua ser mais importante diante de todos os problemas com fornecedores e pandemia. O novo contrato emergencial entregará 650 mil marmitas e contemplará 100% dos alunos elegidos na avaliação socioeconômica, garante o prefeito. Até a retomada do serviço – quando a nova empresa licitada entra para executar o trabalho em junho – o prédio do restaurante universitário deverá estar pronto para receber os estudantes.
“Este tempo também é importante porque ainda estamos com casos de covid. Até o momento está complicado receber os alunos no salão para as refeições em ambiente fechado, quando ninguém irá usar máscara e conversas acontecem à mesa. Isso nos deixa preocupados assim como deixa os alunos. Em junho acredito que tudo estará mais tranquilo.”
Cristiane Bonin
cristiane.bonin@jpjornal.com.br
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