Vivemos em uma época tão crítica que manter o equilíbrio tem se tornado desafio crescente, pois a todo instante somos defrontados por notícias, circunstâncias e fatos que tendem a nos desestabilizar.
Problemas financeiros, guerras, crises econômicas, políticas e sociais, conflitos familiares, violência, corrupção, epidemias e pandemias, incertezas de toda sorte – esses e outros fatores desencadeiam ou agravam estados emocionais perturbadores em quem não saiba como compreendê-los, dimensioná-los e superá-los adequadamente.
Além das circunstâncias externas, psicologicamente inúmeros são os fatores desencadeantes ou predisponentes aos desequilíbrios: desejos insatisfeitos, ambições frustradas, contrariedades, planos e projetos malsucedidos, desajustes afetivos, relacionamentos conflituosos, medos e ansiedades, perspectivas pessimistas.
Se nos concentramos apenas nos aspectos externos e superficiais dos fenômenos e dos relacionamentos tornamo-nos reféns de quaisquer situações desagradáveis ou adversas, que sempre ocorrem, vivendo em permanente estado de tensão e apreensão.
Uma forma de nos mantermos relativamente equilibrados é não dependermos tanto de fatores externos, o que ocorre ao despertarmos a consciência espiritual, passando a descobrir, valorizar e cultivar o mundo interior, de onde provêm a força, a fé e a serenidade imprescindíveis a uma existência saudável e harmoniosa.
Vivemos tempos desafiadores e complexos, que requerem de nós cada vez mais equilíbrio interior, a fim de não sermos levados pela torrente de conflitos e desarmonias que a cada dia se intensificam em todo o planeta. É sabido que a fase atual, após os turbulentos momentos que vivemos, será sucedida por tempos novos de paz e harmonia entre todos os povos e seres.
Nunca fez tanta falta a verdadeira espiritualidade, ou seja, a consciência espiritual desperta, expressa na compreensão das leis que regem a vida e na obediência às mesmas, indo além de meras formalidades religiosas, pela conquista de uma vida plena e uma convivência pacífica e harmoniosa com os demais seres.
Sustentar o equilíbrio quando tudo à volta parece ruir; permanecer fiel à própria consciência diante de facilidades mil que convidam à deserção e à desonestidade; resguardar a pureza em meio à crescente degradação; sentir e irradiar a paz numa sociedade violenta e brutal; manter acesa a chama da fé ante os ventos da descrença generalizada; responder ao mal com o bem, à provação com a paciência, à ignorância com a compaixão – eis alguns dos desafios atuais, somente possíveis de serem alcançados por quem cultiva o mundo interior, conhece-se cada vez mais profundamente, abre-se à inspiração superior e oferta-se em serviço desinteressado.
A fim de não sermos demasiadamente influenciados pelas circunstâncias externas, torna-se imprescindível permanecermos vigilantes e conscientemente conectados com o mais profundo do nosso ser, o qual é inacessível às forças densas e destrutivas. Essa comunhão interna traz proteção e força, sustenta o equilíbrio e resguarda a paz.
Se os apelos ao desequilíbrio nunca foram tão intensos, jamais recebemos tanta ajuda e orientação espiritual como na atualidade. De mil modos derramam-se sobre a humanidade instruções, orientações e advertências, a fim de que, com sinceridade e boa vontade, possamos atravessar o período atual mantendo o equilíbrio emocional e a saúde mental, servindo ao bem dos demais seres, nossos irmãos.
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