“Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Amizade não é dependência, submissão. Não se tem amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar daletra. É independência, é respeito. O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis da maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Amigo é o que fica depois da
ressaca. É glicose no sangue.”
Gosto por demais. Já se deu conta de que não sou quem escreve. É Carpinejar. Pois bem. Quando Secretário de Cultura em Rio Claro, minha secretária, ilustre funcionária, Josi Silva, além dos pareceres acerca dos projetos, dos textos bem escritos em resposta a muitos que recebíamos, da organização de eventos culturais ao lado de outros tantos assessores, lia, lia muito, não no expediente do trabalho, mas em seus refúgios pessoais. E me oferecia o prazer da discussão.
Foi Josi quem trouxe para minhas leituras Fabrício Carpinejar, obrigando-me, com este gesto, a novos caminhos de paixão pela leitura. Conhecia seus pais, Carlos Nejar e Maria Capri. Ele, poeta. Ela, também. Poetisa do bem comum. De sua lição, aprendeu minha mãe. Com Maria, descobriu que apalavra, na criança, deve acompanhar-se da ação. De que vale falar árvorese não a tocar, aprender dela, saber que é viva e quer viver mais e mais como nós mesmos. Que clama por afeto e carinho. Então, tocá-la. Abraçar, se possível. Dar-lhe o beijo de amor que espera há tempo. Brincar, brincar muito. Pipocar a infância com folguedos e gritos e festejos. Sem cansar. Assim é que se enche de poesia, descobrindo ritmo, alegria, tristeza. Por que não, a essência do verso e da vida?
Daí, começar hoje este encontro nosso com texto de Fabrício Carpinejar para explicar a razão de marcar, para sempre, o que, em verdade, faz um jornal como este, fonte de história, relatos de vida. O poeta, com seu verso fácil, sua fala mansa, ensina o contorno poético da vida. Os leitores, em suas semanais observações, alimentam-me o espírito e me permitem perdoar tantas injustiças.
Encostado em Carpinejar, com serenidade e gratidão profundas, deixo, hoje, já que os jornais modernos quase não publicam o resultado de seu trabalho aplaudindo o escrevinhador, quando merece e revelando a qualidade do que faz, um pouco do que registraram meus generosos leitores sobre artigo publicado no domingo passado, dia 6 de março. Como respeito ao leitor, publico sem sua devida autorização, mas esbanjando gratidão e apreço, seu gesto de apreço que me lustrou a alma.
Desejo Encontrar. E você? JP. 6 de março.
“Importante reflexão! Estamos todos carentes da palavra certa, da palavra que ilumina e traz consigo o poder que muitas vezes pensamos dela, ter desaparecido para sempre…O poder transformador para o bem. Desejo propor a leitura deste artigo no encontro domingueiro, aqui em casa. Para que mais olhos brilhem, com a esperança renovada que um belo e profundo texto carrega consigo. Muito grata por compartilhar conosco! Proteção e Bençãos sempre em sua vida!!! Professora Lisabete Gardenal Epiphanio.
“E seus artigos, como sempre, imprescindíveis.” Poetisa Sandra Baldessin
“Espero que saiba o quanto fico feliz por gostar de meus escritos! É uma honra para mim. Que artigo lindo, o seu! Somos parte dos bons que ainda resistem e são necessários. Obrigada!” Psicóloga Maristela Ferreira Antonio.
“Amo tudo que você escreve. Kiki Fabris
“Em meio a tanta pressão ideológica e tristezas, ser presenteada com uma soberana reflexão é um privilégio. Obrigada por me permitir sentir-me um pouco gente!” Wilma de Castro Barros
“Belíssima reflexão! Lindo o que escreveu sobre a amizade :’luz para prosseguir o próprio caminho…” Professora, escritora Rosa D’Urso Hebling.
“Bom lembrar que é importantíssimo "fugir, sem medo, das imposições sociais a que olhava com desdém e desprezo, em especial quando sugerem, em nome de Deus, tudo o que Sua Palavra não dita".Ha muito para se refletir ao longo do texto publicado.” Araripe Garboggini, engenheiro piracicabano residente em Londres, sempre generosíssimo nas observações de leitura.
“Achei tão linda sua crônica que me deu vontade de grifar algumas frases. Pela beleza das ideias, pela escolha perfeita das palavras: Isso de Deus não gostar de maquiagem, preferir cara lavada. Que verdade imensa e cheia de consequências, para os que se dão ao trabalho de refletir!E estar na mesa com anjos e nunca sozinho…vou me lembrar sempre disso! E rever essa posição! Ressuscitar os amigos imaginários. Amei! Sempre tive os meus, o que acho um privilégio. Obrigada por me enriquecer o dia!” Dra. Lígia Karam
“Lindo e profundo o texto deste final de semana, nosso querido e eterno professor. Eu também desejo encontrar… A plenitude não está na Terra. A busca da felicidade é a razão de ser da vida.” Professor Dr. Carlos Alberto de Souza Costa.
“Como sempre, o artigo vem muito bem escrito! E importante o que você diz sobre saber estar só, coisa que, parece, atualmente, é desconhecida. Sobre o Putin, eu elaboraria mais meu julgamento: nem tudo é completamente branco, nem completamente negro. O mundo humano é “muito misturado”, como dizia nosso Riobaldo.” Diplomata e escritora, Embaixadora Heloísa Vilhena de Araújo.
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