Foi o Putin que pariu essa guerra?

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

De uma gestação que já durava mais de vinte anos no desenrolar de alguns trancos e barrancos a Rússia vai à maternidade da Ucrânia para dar ao mundo a notícia do nascimento do monstro que cospe fogo e destrói tudo, “a guerra”.
Da escuridão das tempestades, aquilo que é temido por toda a humanidade ressurge a ameaça com uma força espantosa e amedrontadora: a “guerra nuclear”.
Com o descontrole do sistema racional do homem, com a possibilidade do erro emocional, o mundo se vê em risco dentro de um cenário de pandemia, que ainda sem seu termino é sobrecarregado com o aparecimento dessa contenda, que não se sabe no que vai resultar.
Com essa premissa vem a indagação, em tempos de um avanço da tecnologia a idéia do perigo do “botão vermelho”, onde se acionado, ninguém ganha e todos perdem, e tudo desaparece num “finale triste”. Isso acreditamos não interessar a nenhuma das partes, pois as cartas na manga nessa mesa de jogo estão marcadas e além disso são falsos os valores a receber pelo ganhador.
Isso posto somos colocados de joelhos, diante da loucura, e desse ponto em diante faz-se necessário continuar refletindo diante da oportunidade da salvação sobre os instintos de destruição que o ser humano carrega na sua “zona de burrice”, e que nesse estágio se propaga com maior amplitude.
No caminhar com esse foco, surgem outras premissas já conhecidas por todos e trazidas pelas histórias semelhantes, mas que exigem negociação por parte do cenário belicoso que se instala e que são racionalizados e colocados em acordos as vezes desconfortáveis inicialmente, mas que com o caminhar da carruagem tem o êxito como recompensa. Todos perdem um pouco, mas há a sobrevivência do conjunto. Para isso é necessário a capacidade da aproximação do diálogo entre os debatentes.
Nesse “cenário de guerra atual” os resultados do esforço já aparecem. O primeiro caminho está sendo tentado para que os “ânimos de guerra” possam recrudecer. Seu planejamento é instalado sob o foco de minar as forças do invasor no campo da administração da economia, da defesa, da informação, do comércio, do sistema monetário, do transporte, da comunicação, desorganizando sua estrutura para atingir a parte política das decisões militares perdendo força para as decisões civis e humanitárias.
Tudo o que foi dito acima é o que se refere a tentativa de dar tempo ao tempo e tirar dele ações futuras do processo. Não se conhece na história nada que apresente com a desistência da parte agredida. É uma estratégia de ganho de tempo até que outros planos possam ser elaborados, numa operação paralela a destruição que não vai arredar o pé. Acreditamos que os planos que estão sendo postos em prática serão a repetição dos atingidos em outras épocas.
Essa guerra que já dura mais de 10 dias e que provavelmente se estenderá por dias, semanas e meses, desorganizando uma certa “ordem mundial” terá consequências que permanecerão no bojo da política por um certo período com sua “poeira” atormentando o viver do ser humano, com “monstrinhos” se alimentando dos temores estabelecidos.
Diante desse quadro, com o grande desenvolvimento tecnológico, tudo se transformando em equipamentos eletrônicos é necessário toda atenção na hora de apertar algum “botão vermelho”. Assim seria aconselhável que todos os líderes mundiais não fossem daltônicos, escolhendo-os a não praticar o erro humano, apertando o botão vermelho pensando que é o verde.
Todos conhecem a frase “no fim tudo dá certo” isto porque o fim é o fim. Não vamos chegar a esse ponto para decidirmos com a nossa “bússola racional” porque então não teremos ninguém para contar ou ouvir nossas histórias.
Foi o Putin que pariu a guerra??

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