Comida virtual não mata a fome

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

Anunciado pela imprensa que o percentual da população brasileira abaixo da linha de pobreza atingiu 30%, quando em um ano atrás era de 20%. Que o número de desempregados atingiu 14 milhões de cidadãos. Que a inflação atingiu os dois dígitos e nos encontrando na antevéspera das eleições.
Motivado pela palavra fome que anda rondando os lares do país onde já se tem notícia de caçadores de lagartos para serem preparados como comida.
No universo tudo está em movimento. O estado estático ou parado só existe no relativo entre duas coisas, porém estas também estão em movimento em relação as demais.
Esses movimentos são propostos pelos “campos de forças” que podem ser gravitacionais, magnéticos, eletromagnéticos e outros que ainda desconhecemos. Esses campos de forças geram energias e alimentam o conjunto dos corpos que fazem parte desse “todo movimentado”.
No reino animal, os combustíveis mais comuns são raios solares que através da transformação primeiro em animais e vegetais e depois em alimentos. Em toda a cadeia alimentar o processo se repete, desde os micróbios até os animais de grande porte.
Todos precisam comer para continuar a viver. Podemos dizer que quem não come não faz cocô e morre.
Nesse come-come aparece a evolução dos seres que se transformam e se adaptam para permanecerem vivos, o que constitui a teoria defendida espetacularmente por Charles Darwin, o grande gênio.
Inserido nesse contexto está a fome humana que tem sido abordada por diversos experts e cientistas procurando criar formas de alimentação dessa grande massa que já atinge mais de sete bilhões de bocas. O desafio permanece e por enquanto soluções tem aparecido com esforços da criatividade científica.
Apesar do problema ser mundial, é necessário examinar o que acontece no Brasil, pois além dos problemas já debatidos em outras épocas os políticos aparecem no palanque em todas as eleições como fonte de especulação com propostas de soluções com promessas irresponsáveis.
Nas vésperas de uma eleição, quando os espertos se manifestam com discursos, o tema da fome instalada sempre no governo anterior, pressiona a motivação tentando retirar o medo da população, e fazendo brotar as promessas eleitorais para “subtrair” o voto do eleitor.
A tecnologia de forma geral tem contribuído para algumas soluções até o momento. No entanto essa tecnologia tem amparado a forma das soluções fome. Os governantes que prestam atenção, fazem o apelo para a retórica na oferta, prometendo o que não vão poder cumprir, mas conseguem persuadir os desavisados a acreditarem em “comida virtual”, através de políticas sociais. Os recursos da mídia de comunicação já acostumadas às mentiras, se integram ao processo de conquista.
A imaginação é fértil, e os discursos repletos de promessas que são bem preparadas em tecnologias virtuais, levam o participante a ser enganado e aceitar a maior FAKE NEWS da história. Os que estiverem com fome, a imagem de comida toda colorida, cheia de perfeição, servida em um prato reluzente, com os devidos talheres para você participar do maior e mais lindo banquete imaginário é a urna eleitoral. Ali você ao invés de comer estará sendo comido, pois pela atração da isca, você morre pela boca.
Vamos nos preparar para não sermos levados em mentiras eleitorais, examinando o caráter do candidato, seu histórico, e finalmente orando novamente para que o imponderável esteja do nosso lado, pois conversa fiada não enche barriga e comida virtual não mata a fome.

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