“Festival é para aproximar o público e suprir o mercado”
Segue até a próxima terça-feira (dia 15) o prazo para inscrição no Festival Tela Preta – veja edital e formulário em ‘linktr.ee/festivaltelapreta’. Com curadoria dos produtores culturais Beatriz Ferraz e Wellington Camargo, a seleção busca por curtas-metragens brasileiros com temáticas negras ou realizados com atores ou direção de profissionais pretos. Cada filme selecionado receberá um cachê de R$ 300. A exibição presencial tem previsão para acontecer no dia 11 de março, no espaço cultural Guarantã, em Piracicaba. O projeto tem apoio da Semac (Secretaria Municipal de Ação Cultural) e fomento da Lei Aldir Blanc.
“Os critérios vão da participação de pessoas pretas tanto na direção como na produção como na temática do filme. Logo após a exibição dos filmes, haverá um debate com uma fala dos produtores, a Beatriz e eu, sobre a importância do festival e a produção preta”, detalha Wellington Camargo.
O foco é usar o cinema como ferramenta para educar, conscientizar, sensibilizar, fazer refletir, reavaliar conceitos e reorganizar estruturas. “O festival Tela Preta é para todo mundo. Pensamos neste projeto como uma maneira de aproximar o cinema independente da população em geral e não só dos trabalhadores de cultura. O motivo do nosso recorte específico é para suprir a necessidade de mercado. Percebemos que quando as exibições são organizadas, essas pessoas acabam não fazendo parte do catálogo, repetindo o que se vê na mídia tradicional. A proposta do Tela Preta é diminuir este déficit de exposição, apreciação e celebração das narrativas negras”, comenta Beatriz Ferraz.
Cristiane Bonin
cristiane.bonin@jpjornal.com.br
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