O sofrimento é opcional? Mas existe diferença entre dor e sofrimento? Neste artigo vou demonstrar como a ciência e a espiritualidade caminham nesse tema e dou dicas de como podemos avançar emocionalmente para viver com qualidade de vida física, emocional e alta performance, entendendo e agindo positivamente sobre o sofrimento.
 
E é também por isso que escolhi como título deste artigo uma frase de Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda, líder religioso que viveu na India. Anos de aprendizado e meditação fizeram Buda chegar a uma importante conclusão que contribui para nossa abordagem desta semana.
 
Você conhece pessoas que reclamam muito da vida ou de situações que vivem? Tem contato com pessoas que já se tornaram desagradáveis por serem tão pessimistas, negativas ou desanimadas? Parece até que algumas pessoas têm prazer em ter problemas e, sem perceber, criam até uma espécie de “disputa” quando desabafam… Já estão virando clichês frases como: “Depende de como você enxerga o problema”, ou: “O copo pode estar meio cheio ou meio vazio”. Fácil falar, né? Sim! Mas, o segredo que muitos não sabem é que só a prática transforma, e praticar é escolha! Então, te pergunto: você escolhe reclamar ou agir?
 
Pois bem, apesar de parecerem sinônimos, dor e sofrimento tem significados bem diferentes. Dor é algo que acontece sem nossa "autorização"; ela está presente, quer gostemos ou não, nas mais diversas situações de nossa vida. Já a palavra sofrer tem o sentido de "carregar" e aí começamos a entender a diferença, pois o sofrer passa a ser uma escolha! O sofrimento, então, pode durar a vida toda, mesmo depois que o "evento" que o causou já tenha passado. Aliás, é por isso (também) que pessoas que reclamam muito vivem mais no passado do que no presente.
 
E como sermos protagonistas no tema de hoje? Apenas um exemplo que se expande para outros: se você não faz o que ama (em qualquer âmbito da sua vida), o desastre é certo! E não adianta reclamar, tem que agir! Reclamar sobre a dor (permanência) se torna sofrimento. Agir com inteligência emocional sobre a dor elimina o sofrimento (impermanência).
 
Existem poderosas ferramentas que nos auxiliam no tema de hoje, uma delas é o "DCD" (duvidar, criticar e determinar), proposta pelo Psiquiatra, Professor e Escritor Augusto Cury, muito eficaz. Temos também grandes avanços na Neurociência - ligada ao Comportamento Humano; na Inteligência Emocional e cito também aqui uma Escola Filosófica que cresce cada vez mais: o Estoicismo.

Não somos estáticos. Nada é. A vida é dinâmica, mas, se você recebe, aceita ou cria códigos destrutivos na sua mente durante sua vida, são eles que vão regê-la… Nem tudo nesta vida vai te agradar. Faz parte. Entenda essa regra e aceite. Isso fará a diferença para sua saúde emocional. Note que muitos “abraçam” a dor e fazem questão de permanecer com ela, ruminando e, então, sofrendo… Outros olham para novas perspectivas, assumem, não terceirizam e o cérebro aceita o comando, partindo em busca de saídas, de forma positiva. Quando uma porta se fecha, outra se abre. Quando um caminho termina, outro começa. Se o que chega é bom, o que parte pode ser também! A vida é como uma dança, então, dance-a como ela se apresentar, sem resistir, sem se apegar.