Você já sofreu por amor? Vamos entender (e curar) isso?

Por Francisco Ometto | 22/01/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Quem nunca? Se não, pode ser que ainda sofra. Se você está nessa situação ou conhece alguém que esteja, mostrarei no artigo de hoje o que acontece no “cérebro de um coração partido” e, à partir daí, darei quatro dicas fundamentais para a cura.

Mas… coração partido? Não! Na verdade, tudo acontece no cérebro! E que sensação dolorosa! Decepções amorosas, rejeição, solidão, traumas que criam feridas que, se não resolvidas, podem durar para sempre e prejudicar a vida das pessoas em todos os campos. Pois bem, a esse sofrimento damos o nome de luto e, fora da paixão, ele é proporcional à força do envolvimento. Explico: quanto maior e mais profundo o vínculo, maior o tempo da superação. Entretanto, relacionamentos que param na paixão, normalmente são mais complicados e menos saudáveis.

Os relacionamentos românticos passam por quatro etapas: atração inicial, paixão, vínculo e amor. Quando iniciamos um relacionamento e somos aceitos por alguém, ocorre um fenômeno cerebral que, na neurociência, damos o nome de “estado hiper dopaminérgico”, porque são ativadas, nesse estágio, as vias mesolímbicas dopaminérgicas, circuitos responsáveis pelo prazer e pela motivação. Entretanto, nem tudo “são flores para sempre” e, então, por que muitas pessoas, até fortes emocionalmente, não conseguem vencer a dor de um término?

Primeiro, é fundamental a conscientização de que essa dor emocional tem o mesmo endereço da dor física, pois o circuito cerebral envolvido é o mesmo! E como vencer essa verdadeira guerra? É claro que traços da personalidade (essência) fazem a diferença na superação e tratar disso também é fundamental no processo. Lembrando que cada pessoa tem seu tempo e sua estrutura, o que deve ser respeitado, mesmo porque os mesmos mecanismos cerebrais ligados, por exemplo, a uma dependência química, são acionados na fase do “coração partido”. Quem sofre busca o parceiro (a) insistentemente, através de fotos, imagens, conversas em redes sociais, lembranças, etc.; um vício que, na verdade, vai impedindo a ferida de cicatrizar! Infelizmente, a mente é traiçoeira quando estamos com o coração partido; emoções…

Chegamos, então, na segunda fase do processo: dar mais atenção à razão, por exemplo, entender racionalmente os motivos do término. Se alguém não quer mais, isso não é o fim do mundo e o outro não é mais ou menos por isso. Apenas são fatos que acontecem, com toda a humanidade, mas nossa “emoção” dá um sentido infinito, trágico e hiper negativo para isso, o que, na verdade, não é. Portanto, comece a cura evitando qualquer lembrança do relacionamento ou da pessoa, pois isso alimenta o vício e retarda o final do luto. Em seguida, ressignifique o término e crie uma lista de motivos pelos quais esse relacionamento ou a pessoa não era o melhor para você, racionalmente! E leia isso sempre que houver um gatilho, uma fraqueza ou uma queda.

A terceira dica é: crie endorfina! Como? Atividade física, aliviando a dor. E, por último, sinta o momento ideal e, então, dê o adeus à relação, e, de fato, encerre qualquer vínculo. Determine o fim.

Importante entender que o tempo não cura tudo! Na verdade, o tempo (mal gerenciado), pode piorar as coisas, portanto, use estrategicamente e inteligentemente o seu tempo, mas a seu favor! E, se tiver dificuldades no tema desta semana, não hesite em procurar ajuda profissional. Isso é nobre; é sábio!

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