
É 1º de janeiro de 1941 a data do poema inédito do escritor modernista e jornalista brasileiro Mario Quintana (1906-1994). A descoberta inesperada é do livreiro George Augusto, de Porto Alegre (RS). Ele comprou uma coleção particular com mais de 5.000 volumes e descobriu a preciosidade ‘Canção do Primeiro Ano’ – leia o texto na íntegra no quadro desta matéria. Ele é classificado como o poeta ‘das coisas simples’, um dos maiores do estilo do século 20.
Em papel amarelado, o manuscrito traz a assinatura do poeta e a grafia da letra foi checada e sinaliza autenticidade após ser comparada a outros registros comprovadamente escritos pelo poeta. O livro e o manuscrito foram comprados pela Associação Amigos da Biblioteca Pública Estadual do Rio Grande do Sul, que vai incorporá-los em seu acervo. O poema também deverá ser exposto na Casa de Cultura Mario Quintana, local onde o poeta viveu, em Porto Alegre. Mário de Miranda Quintana ganhou os prêmios Machado de Assis (1980) e Jabuti (1981). Entre poemas e livros infanto-juvenis. Quintana tem entre suas obras destacadas ‘A Rua dos Cataventos’ (1940), ‘Canções’ (1945), ‘Sapato Florido’ (1947), ‘Espelho Mágico’ (1951), ‘Batalhão das Letras’ (1948), ‘O Aprendiz de Feiticeiro’ (1950), ‘Poesias’ (1962), ‘Pé de Pilão’ (1968), ‘Quintanares’ (1976), ‘Esconderijos do Tempo’ (1980), ‘Nova Antologia Poética’ (1982), ‘Nariz de Vidro’ (1984), ‘Baú de Espantos’ (1986), ‘Preparativos de Viagem’ (1987) e ‘Velório sem Defunto’ (1990).
Cristiane Bonin
cristiane.bonin@jpjornal.com.br
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