Rumos e destinos

Por André Sallum | 14/01/2022 | Tempo de leitura: 3 min

A existência, no seu aspecto de jornada, apresenta etapas diversas que se sucedem e alternam. Todos experimentamos, nessa peregrinação, momentos de decisão e períodos de dúvida quanto ao rumo a seguir; dias ensolarados que permitem longos percursos sucedidos por outros, tempestuosos, que forçam o recolhimento; fases de destemor seguidos por tempos de insegurança; enfim, altos e baixos que fazem parte da trajetória existencial.

Há fases em que aceleramos o passo, outras em que reduzimos o ritmo; em certos pontos tropeçamos e caímos; há trechos planos que facilitam um caminhar mais rápido e longo; outros, íngremes, que exigem grande esforço para ganhar pequenas distâncias; encruzilhadas que desafiam nosso senso de direção e discernimento e que, a depender das escolhas, nos levam a destinos diversos, uns felizes, outros não… Para alcançarmos determinados pontos precisamos recorrer à ajuda de outras pessoas, o que também se dá quando, ao cairmos, necessitamos de mãos que nos auxiliem a levantar.

Ocorrências imprevistas podem fazer com que precisemos adiar ou cancelar determinadas jornadas, ainda que muito bem planejadas e frutos de firme decisão, ensejando-nos flexibilidade, resiliência, capacidade de adaptação e aceitação. Como a vida traz surpresas inesperadas, ao mesmo tempo que é prudente programarmos as atividades a serem realizadas, precisamos estar preparados para o inusitado, prontos a mudar a qualquer momento, quando necessário.

Cientes de tal realidade, podemos utilizar instruções, orientações e diretrizes que nos permitam passar por todas essas ocorrências com o máximo de serenidade, equilíbrio e lucidez, a fim de que se tornem experiências proveitosas, impulsos evolutivos, ferramentas educativas e mecanismos purificadores, colaborando para o processo ascensional, a libertação e a plenificação da vida, individual e coletiva.

Além disso, os referidos recursos podem nos auxiliar, e muito, para que, a partir de uma consciência mais elevada, desapegada da visão puramente material da vida, possamos alcançar certa estabilidade, a qual nos permita navegar nas águas às vezes turbulentas da existência com segurança e no rumo certo.

As orientações de natureza espiritual, amplamente disponíveis, funcionam como bússolas, mapas e guias preciosos, a fim de que não nos percamos em trilhas de perturbação e dor. Guiam-nos aos caminhos mais seguros, evitando que percorramos trechos excessivamente acidentados, ao mesmo tempo que nos mostram pontos de parada e repouso, onde podemos alimentar a alma e nos reabastecer de energia. Permitem que nos poupemos de sofrimentos desnecessários e de dores evitáveis.

Existem instruções espirituais que funcionam como os sinais de trânsito, advertindo-nos quanto à proximidade de trechos da jornada que requerem especial atenção e cuidado, que demandam redução na velocidade, que pedem faróis mais intensos a iluminar os trechos mais escuros. Ignorar ou desprezar o manancial de instruções espirituais disponíveis à humanidade é escolher expor-se desnecessariamente a riscos, a se perder no caminho e a se acidentar nas estradas que se percorre, além de adiar a chegada ao destino almejado.

Ensinamentos espirituais genuínos podem ser considerados roteiros para uma vida melhor, mais saudável, alegre e harmoniosa durante o percurso que fazemos na matéria, do momento em que nascemos no corpo até quando o deixamos, pela morte física, rumo a outras dimensões da vida.

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