A morte no Natal. Paradoxo?

Por Francisco Ometto | 24/12/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Natal, lembrança do nascimento de alguém que, simplesmente, dividiu nosso calendário em antes e depois Dele! Considerado a personalidade mais singular de todos os tempos, Jesus, o Cristo, mesmo vivendo pouco tempo (33 anos), transformou a História com seu comportamento, sua sabedoria e suas atitudes baseadas no amor. Independente de religiões ou crenças, esse reconhecimento é inegável, real e justo.

Jesus não foi nenhuma lenda, a ciência o comprova e Ele tem muito a ensinar, hoje, a todos nós.

Importante ressaltar que registros históricos e devidamente comprovados deixam claro que Ele causava perplexidade nas pessoas mais influentes e cultas de sua época e ainda hoje essa perplexidade assombra qualquer pessoa que busque estudar Jesus com seriedade, profundidade e de forma imparcial.

Mas, quem é o aniversariante deste Natal? Um dia, Ele mesmo pergunta aos seus discípulos o que pensavam Dele. Pedro se adianta: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, porque não foi carne e sangue que te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:16,17). Note que Jesus se preocupava e tomava a iniciativa em saber o que pensavam dele. Ele não tinha medo desse tipo de descoberta: o autoconhecimento.

Se analisarmos Jesus num enfoque psíquico, veremos um homem complexo, abrangente, intrigante e inteligente emocionalmente. Um exemplo, mesmo porque, Ele não era uma pessoa só de palavras, mas também de atitudes - coerentes com o que dizia!

Um carpinteiro… martelo, pregos… Nos seus últimos momentos de vida, esses foram seus piores “algozes”. Coincidência? Não. Na verdade, um teste poderoso de preparação e controle da ansiedade e da depressão.
Observe que Jesus, sabendo que iria morrer pregado numa cruz, desde a infância já lidava com os instrumentos que ajudariam a matá-lo, mas nada disso o afetou no decorrer de sua vida emocional! Você agiria desta forma?

Quantos de nós, por muito menos do que tanta coisa que Jesus passou, já avançamos o sinal do destempero emocional e até chegamos ao ponto de “condenar” pessoas baseados em “nosso” ponto de vista - que pode até estar certo para nós, mas pode não ser o ponto de vista do outro, o que é perfeitamente normal num universo heterogêneo como o nosso. Aliás, excetuando-se casos antiéticos, ilegais ou imorais, existe quem realmente está certo ou errado?

Jesus transbordava autoconfiança e autodomínio e queria proporcionar isso às pessoas, fazendo com que elas refletissem e, consequentemente, ultrapassassem suas próprias fronteiras limitantes. Jesus conseguia chegar no endereço mais difícil do mundo: o lugar do outro. Seria esse um dos segredos? Empatia?

Na verdade, o grande e real ensinamento do Natal é que Jesus nasceu para que morramos aos processos ruins que, por algum motivo, comandam ou tentam comandar nossa vida. Jesus é Vida e também exemplo de como alterar o rumo de nossa existência e dar o sentido que a vida precisa ter. Jesus nasceu para mostrar a todos nós o real sentido da “morte”. E exatamente por isso esta foi sua Missão: nos salvar! Você aceita esse paradoxo?
Um Feliz Natal!

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