Compreendendo as leis da vida

Por André Sallum |
| Tempo de leitura: 3 min

Do acervo cultural da humanidade, elaborado ao longo da história, parte é constituído das leis e princípios que regem o comportamento e as relações interpessoais. Desse conjunto, parcela significativa diz respeito às leis espirituais e morais, as quais, desde que compreendidas e praticadas, orientam a vida humana rumo à plenitude e felicidade.
Se apenas começamos a compreender certas leis do universo físico, as de natureza espiritual permanecem, para muitos de nós, ocultas ou misteriosas. Apesar disso, têm sido reveladas, interpretadas, esclarecidas e principalmente exemplificadas, graças a instrutores e mestres que, em todas as épocas da humanidade, as têm trazido à luz.
Da mesma forma que as leis biológicas e físicas, as que regem a evolução moral vão sendo descobertas, reveladas e, aos poucos, assimiladas por parcela cada vez maior da humanidade, incorporando-se ao seu modo de vida, em lento mas progressivo processo de amadurecimento consciencial.
Cada povo e cada época estabelece seu código e padrões de conduta, reflexos do nível de consciência coletivo. Como todos os fenômenos da vida, as leis humanas também se transformam, inclusive as de caráter religioso. Esse processo pode ser benéfico, quando corrige, educa e liberta, ou, ao contrário, maléfico, quando ocorrem adaptações e desvirtuamentos para que as pessoas se permitam comportamentos que, de outro modo, seriam considerados inadmissíveis ou pecaminosos.
Se cumpríssemos apenas os Dez Mandamentos apresentados por Moisés, parte significativa dos problemas humanos estaria resolvida. No entanto, ainda estamos longe de tal conquista e realização, por isso continuamos enfrentando sofrimentos e dores, individuais e coletivos, até que aprendamos a viver em harmonia com as leis que regem a vida. Se não matamos com armas, ainda o fazemos de muitas formas sutis, com críticas, ofensas, maledicência e atitudes destrutivas. Quando não roubamos ostensivamente, subtraímos do outro a liberdade, a alegria, a paz, o espaço de uma vida digna e plena. Ainda que não adulteremos em atos, somos infiéis de muitos modos, em pensamentos e intenções, apenas não concretizando determinados desejos por medo das consequências ou por repressão, mais do que por um coração puro e virtuoso. Mesmo que não adoremos imagens, idolatramos o dinheiro, as aparências, o poder e as posições sociais.
Jesus apresentou e viveu em plenitude a lei do amor, convidando a todos que fizéssemos o mesmo, a fim de conquistarmos em definitivo a felicidade. Apesar dos sublimes exemplos que o Mestre nos deixou, o mundo atual revela, de modo inequívoco, o quanto, após dois mil anos, estamos distantes de viver os postulados evangélicos.
A fim de auxiliar o progresso da humanidade e relembrar o que tem sido esquecido ou negligenciado, indivíduos e movimentos espiritualistas têm trazido grande contribuição ao entendimento das leis espirituais, atualizando, revisando e ampliando revelações originais, materializadas graças a intérpretes, profetas e instrutores, as quais, por deficiência humana, foram desvirtuadas, adulteradas ou relegadas ao esquecimento. Felizmente, considerável parcela da humanidade tem se mostrado suficientemente madura para receber essas instruções atualizadas, cada vez mais disponíveis, e assim conduzir sua vida de modo mais consciente, responsável e condizente com padrões de conduta saudáveis, harmoniosos e benéficos a todos os seres.

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