Fábulas

Por José Faganello |
| Tempo de leitura: 3 min

“Todo homem precisa crer, ainda que seja apenas por algum tempo, que sua vida tem um sentido e um valor”. (Georges Gusdorf – Para que professores?).
A história da humanidade mostra-nos que todas as civilizações tiveram suas crenças e aqueles que nelas acreditavam, mesmo diante de sólidos desmentidos, não as abandonavam.
O mesmo acontece com as fábulas, passadas de gerações a gerações, conseguem povoar os sonhos das crianças e dos adultos, dando-lhes asas à imaginação e suavizando as agruras da realidade.
O mais famoso fabulista antigo foi Esopo, do qual pouco se sabe. Teria nascido na Anatólia (hoje território em 620 turco) em 620 a.C. De escravo passou a liberto porque seu dono ficou maravilhado com suas fábulas entre suas fábulas as mais conhecidas são: O Galo e a Pérola, o Lobo e o Cordeiro, a raposa e a cegonha, a Cigarra e a Formiga.
O francês Jean de La Fontaine reeditou várias fábulas de Esopo, tornando-as conhecidas praticamente em toda parte, principalmente no Ocidente.
O dinamarquês Hans Christian Andersen publicou 156 contos envolvendo fadas e duendes, entre eles: O Soldadinho de Chumbo, O Patinho Feio, A Família Feliz.
Os alemães irmãos Grimm, publicaram 156 contos baseados no folclore e lendas germânicas e são considerados como importantes para a literatura e cultura alemã; entre esses contos há: Branca de neve, Chapeuzinho Vermelho e Cinderela.
Lewis Carrol, por sua vez, criou Alice No Pais Das Maravilhas, lindo conto que foi popularizado, além de livros pelo Studio Disney. Nosso Monteiro Lobato, o grande inovador da literatura para crianças, sempre buscando escrever para alcançar uma leitura gostosa de se ler; defendia que não se deve impor teorias de moralidade às crianças de forma crua e direta, mas a partir de fábulas e narrativas curtas, animais como personagens e enredos com princípios morais, políticos e éticos. Em suas fábulas criava discussões entre pequenos e adultos, dando voz aos pequenos para exporem suas opiniões acerca de temas relevantes quanto à política, ao social, cultural, entre outros. Ele ao apontar erros e mostrar ser possível corrigí-los, sedimentava bons conceitos e divertia os pequenos. Cascioli nega a real existência de Cristo não aceitando os relatos do Novo Testamento, mas não consegue provar de que Jesus não existiu, apenas faz conjecturas que considera válidas. Despreza citações como a que Luis Antõnio Sypriano usou na poesia: Ecce Homo: O Político – “Eis o homem, teria dito Poncio Pilatus/ ao indicar à turba,/ o Nazareno Jesus Cristo/ antes da sentença final”. Wallace Stevens, poeta e prosador modernista norte-americano, escreveu em Domingo de Manhã: ... “No entanto, considero os quatros evangelhos inteiramente autênticos, pois, existem neles a reflexão de uma grandeza que emanou da pessoa de Jesus, e que foi da espécie mais divina vista na terra. Caso me perguntem se faz parte da minha natureza prestar-lhe reverência devota direi – Certamente! Curvo-me diante dele como a manifestação divina do mais elevado princípio de moralidade. Caso me perguntem se faz parte de minha natureza venerar o Sol, direi também- Certamente! Pois o Sol é igualmente manifestação do Ser mais elevado e deveras o mais poderoso que nós, filhos da terra, podemos contemplar. Adoro nele a luz e a força produtiva de deus, pela qual todos vivemos, nos deslocamos e cultivamos o nosso Ser; nós e todos os vegetais e animais também. As fábulas terminam invariavelmente com uma lição de moral. O Novo Testamento é todo ele fonte de ensinamentos preciosos, que ajudou muito a convivência entre os povos, pois prega a paz e o bom comportamento. Se existem tantas maldades em nosso planeta, o que seria sem a doutrina cristã?

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