Amizade

Por José Faganello | 07/11/2021 | Tempo de leitura: 3 min

“Amizade, navio bastante grande para levar duas pessoas com tempo bom, mas só uma, com tempo ruim”. (Ambroise Bierce) Entre o momento em que nasce e no qual morre, o homem vive em busca da felicidade. É grande a angústia daqueles que, submetidos a uma busca mística de felicidade eterna, mas como seres humanos, acham o caminho estreito e triste, por mais alegre que ele seja, enquanto o que conduz para os gozos terrenos, mesmo quando estreitos, parecem-lhes alegre e largo. Nossa vida é feita de momentos; mal termina um e já estamos em busca de algo melhor. É uma eterna busca. Sem dúvida nenhuma, a felicidade necessita de ser partilhada. Portanto, para ser feliz é indispensável para ter amigos. É tão difícil encontrar verdadeira e duradoura amizade, que achamos ser pura obra de ficção os trechos literários, nos quais são descritas amizades, como a de Rute e Noemi: “Não me instes para que te deixe, e me obrigue a não te seguir: porque aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada.”(Rute 1, 16). O que nos leva assim pensar é a atual realidade. Nossos antepassados privavam, de fato, de amizades tão sólidas e gratificantes ou apenas brindaram-nos com relatos fictícios? Atualmente, somos compelidos a valorizar mais o dinheiro, os bens materiais do que no passado. No entanto, já em 1900, Mark Twain, famoso escritor norte-americano, por seu humorismo e ácida crítica social, deixou-nos este revelador trecho: “A sagrada paixão da amizade é de natureza tão doce, constante, leal e duradoura que pode durar uma vida inteira, desde que não lhe peçam dinheiro emprestado”... O que se constata, em todos os tempos, são duas situações opostas, que costumam destruir amizades aparentemente sólidas: quando alguém cai na desgraça, vê sumirem os amigos; ou quando se torna poderoso, afasta-se dos antigos amigos, considerados desmerecedores de compartilharem do poder e da pompa. Há ainda quem, quando se casa, afasta-se totalmente dos amigos, eles por sua vez agem da mesma forma.

Um novo tipo de amizade está entrando em moda – a amizade virtual, através dos bate-papos pelo computador. Ele tornou-se um instrumento ideal para aqueles que necessitam conversar com alguém, mesmo sabendo que as informações recebidas possam ser falsas, a começar pelo nome e o sexo. Ter um confidente, compartilhar nossos problemas e alegrias, tornou-se difícil na correria da vida moderna. O computador, na calada das madrugadas, solucionou este problema, para muitos. Estas amizades virtuais, na maioria inconsistente, possuem a vantagem de possibilitar a fantasiosas realidades e a ilusão de apenas tempos bons, deixando nosso barco quimérico navegar, carregando a indispensável amizade, que não resistiria ao mau tempo que por desventura passarmos; esta sim, possível realidade.
Mas, as principais amizades são as dos países, que nunca aconteceu. Cada um querendo sobrepujar o outro, quando não destruí -lo.
Embora seja uma Utopia, se coseguisemos uma Paz Universal como seriamos felizes.
Até o esporte que foi disputas para congraçamento dos jogadores e não está conseguindo como devia ser, no entanto ,há em muitas ocasiões, que aproveitamos de gozarmos de momentos agradáveis.

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