“O desastroso caminho da desonestidade”

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

“A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira” (Liev Tolstói, considerado um dos maiores escritores e críticos de todos os tempos). Não há dúvida que a maior, melhor e mais autêntica fonte de bem-estar e realização do ser humano é a entrega de si mesmo em função do outro, ou seja, fazer o bem, proporcionar coisas boas ao Universo. Mas, afinal, por que tanta gente não pensa nessa direção? Ou, por que existe o mal?

Há quem diga que o mal é apenas o caminho mais fácil, já que as melhores coisas sempre são as mais difíceis. Paradoxos atalhos…

De imediato, este tema nos remete à corrupção, enganação, roubo, manipulação, violência, assassinatos, maus tratos, ódio, vingança, desentendimentos e tantas outras coisas que chamamos de “coisas ruins”, “do mal”. Coisas desonestas!

E, para navegarmos com eficácia neste tema, inicialmente é preciso entender que agir dessa ou daquela maneira faz parte do conjunto de escolhas que fazemos e, mesmo que nosso passado tenha nos influenciado para escolher o bem, há em nós forças negativas, conscientes ou inconscientes, fruto de nossa história e formação, que podem ser “acionadas” sob algumas circunstâncias.

O fato é que, mesmo tentando esconder ou se esconder dessas sombras, elas podem surgir e fazer verdadeiros estragos em nossa vida. Na internet, por exemplo, o anonimato é um poderoso convite à exteriorização desse “algo ruim”; nas influências que recebemos, nos maus exemplos, em climas de desordem, em ambientes inadequados, de impunidade ou em outras "oportunidades".

Entretanto, a grande verdade é que todos nós nascemos com a essência do bem. Essa é nossa natureza e não tenha dúvida que, qualquer caminho trilhado fora desse roteiro não vai acabar “bem”, nem nos proporcionar equilíbrio emocional e paz interior, a despeito das aparências ou utopias físicas/materiais. Mas essa é uma lógica tão clara que passa até desapercebida para muitos, que, num processo de autoengano, colocam a ignorância e o egoísmo como motores de suas vidas. Quer vencer o mal? Aplique o bem! Nos momentos em que nos sentimos ameaçados, injuriados, injustiçados ou em ambientes que propiciem que as sombras tomem vida é que o amor se esconde, dando lugar à raiva, à ganância, à angústia, ao medo. Aplique este “antídoto” e surpreenda-se com os resultados.
Você foge à essência do bem, ou seja, da sua essência original, quando se apropria de forma indigna de algo que não lhe pertence ou não deve lhe pertencer; quando prejudica ou engana alguém, por egoísmo ou não; quando se aproveita de alguém para conseguir algo.

Feliz é quem descobre e compreende o poder e os benefícios do autorrespeito e de como é bom seguir sua rota sem prejudicar as pessoas, porque, no fundo, em algum momento é você que irá se prejudicar. Como é bom ter o que você conseguiu apenas com seu esforço, digno e honesto.
Sim, o mal está se multiplicando no mundo e não podemos fechar nossos olhos para esse fato, porque, para vencer o mal ou qualquer inimigo, precisamos saber enxergá-lo, entendê-lo e enfrentá-lo. Quando a sociedade começa a acreditar que todos os problemas estão sendo causados pelos “outros”, aí é que o mal se instala com mais força. Portanto, os bons precisam “escolher” estar à frente. Motivo? Só eles estão aptos a moldar esse mundo para o bem.
Portanto, o convite de hoje é a reflexão sobre a nossa “atitude” diante da fuga de nossa essência (do bem) e sobre o nível de nossa “comodidade” diante do mal.
O desastre vai se construindo a partir do desrespeito consigo mesmo. A desonestidade? Uma triste e sofrida consequência.

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