
Uma antiga fazenda deu origem ao Parque da Ressurreição, um cemitério diferenciado porque integra natureza a uma paisagem tão marcada tradicionalmente pela arte tumular. Fundado em 1971, seis anos após a instalação do primeiro cemitério jardim no Brasil, o Parque é um dos primeiros equipamentos urbanos neste leiaute situado fora das capitais e uma referência em sua região. Neste mês, o espaço completa 50 anos de fundação.
Segundo o administrador do cemitério parque, Padre Marcelo Sales, uma parte da área da antiga fazenda foi adquirida com uma herança. “O nosso segundo bispo recebeu de sua família [a herança] e quis comprar um espaço para fazer um cemitério para que o mesmo ajudasse na manutenção da diocese e nos seminários. A leveza com o que o cemitério trata a questão da morte [é o que mais chama a atenção do público], por ser um parque e jardim, fazendo com que as pessoas interajam com a natureza e entre si.”
Entre os nomes de destaques sepultados está o do monsenhor Luiz Gonzaga Juliani, sepultado a cripta. Atualmente, o cemitério trabalha com plano das funerárias da cidade e fornece serviços de inumação e exumação e disponibilização de ambientes para velórios.
“Os jazigos são adquiridos pelas famílias, a título de cessão de uso. Com contrato vitalício, a família é a responsável por aquele espaço, pelos seus entes queridos, ali sepultados, e pelos restos mortais, que, a cada três anos, podem ser exumados para sepultarem outros falecidos. Passamos a maior parte da pandemia fechado, por determinação governamental, isso impedia as pessoas de velarem e homenagearem seus entes queridos. Aproveitamos a oportunidade para criar um velório jardim para as vítimas da covid-19 , que mal chegavam ao nosso cemitério, mas contava com uma oração.”
Cristiane Bonin
cristiane.bonin@jpjornal.com.br
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