Rádios AM estão próximas do fim em Piracicaba

Por Cristiane Bonin |
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Onda Livre será a primeira a migrar para a frequência FM; Difusora até 2022

As três rádios da frequência AM em Piracicaba preparam-se para migrar para a FM. A primeira será a Onda Livre e, até 2022, será vez da Difusora. A Educadora deverá ser a última. O coordenador de Comunicação da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Luiz Antonio Veloso explica que os ouvintes terão mais qualidade de som e que estamos vivendo o fim das rádios AM.

Veloso conta que, atualmente, das 1.781 estações AM, 1.331 já pediram migração para a FM. “Ainda vai um tempo para que todas sejam desligadas, mas o número de outorgas para migração tem crescido hoje em dia. Dá para afirmar que é o fim das rádios AM”, diz Veloso, professor referência em Rádio e Televisão na Metodista.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), segundo Veloso, enxerga a adaptação das ondas médias (AM) para FM porque é um meio de conferir algum sucesso para rádios pequenas. “É um meio de fortalecer as AM tão prejudicadas nas áreas urbanas. Nas cidades a interferência é grande [quando sintonizada uma AM]. É só ligar uma batedeira [de cozinha], por exemplo.”

AM em PIRACICABA
As rádios de Piracicaba estarão na classe A4 de potência, faixa bem avaliada por Veloso. Com 5kw (quilo watts), altura máxima de antena de 150 metros, as emissoras poderão alcançar uma distância protegida de 24 quilômetros.

A cidade também ficará na faixa normal, e não na estendida – em grandes cidades, como São Paulo, o dial precisou ganhar mais números para comportar todas as emissoras existentes e em migração na Capital.

Lourenço Tayar, diretor na rádio Onda Livre, informa que ainda não tem data certa para trocar AM por FM. “(…) mas, nosso engenheiro calcula que em quatro meses estaremos com a rádio nova no ar”, informa. A nova sintonia da Onda será a FM 99.5 MHz – a Difusora ficará com a frequência 88,1 MHz.

Andréa Pippa Soave, da Difusora, também não tem data para migração. “Temos um ano para migrarmos, a partir do pagamento da outorga. Como ainda não veio o boleto, não há previsão para mudanças.”

O radialista Jairinho Mattos, da Educadora, conta que a sua rádio ficou no lote residual e que ainda não conseguiu uma frequência em FM na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Cristiane Bonin
cristiane.bonin@jpjornal.com.br

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