Significados dos sonhos, quem nunca perguntou –se o que poderia revelar um sonho. Além de sua representatividade no sono, sonhos podem ser ampliados e explicados apoiando medidas curativas para os humanos, e também prática clinica para a psicologia analitica. Para Freud, os sonhos representavam a expressão de conteudos ou desejos que foram reprimidos pelo sujeito, ficando ocultados no inconsciente, e que em algum momento foram manifestados por meio dos sonhos, entendendo essas manifestações como mensagens que o inconsciente conduzia para a conciëncia. Ao ouvir os relatos dos sonhos de seus pacientes, Freud os interpretava envolvido pela subjetividade de cada individuo, guiando-se pela relativa sistematização proposta pelo método psicanalitico.
A medicina proporcionou grandes avanços através do método científico sensorial, abrangendo a tecnologia como ferramenta de trabalho e mapeamento corporal por imagens enriquecendo a neurologia. Constatando que o cerebro possui atividade noturna intensa, e que os sonhos são combinações estratificadas de emoções, memórias, cognições, dentre outros que são reorganizadas e ou sedimentadas durante o sono, na fase REM (Rapid Eye Movement). Podemos estar dormindo, porém o cerebro estará ativado em seu funcionamento, desta forma sonhar é uma atividade fisiologica normal, observavel ao alcance de sua atividade, mas não em seus conteúdos, sendo de conhecimento somente do sujeito que é o sonhador.
Integrando a visão da psicanalise e da neurociencia pode-se apontar que as atividades cerebrais comprovadas pela neurologia poderiam ser as pulsões e realizações de aspectos da sexualidade descrita por Freud, e possiveis de interpretações. Vale abordarmos que trazemos em nossa formação humana um histórico que é social, relacional, espiritual, vivencial, sensorial, intuitivo, dentre demais que agregram as predisposições inatas. E essa integração e socialização, nos possibilitou no decorrer do tempo um formato complexo em como nos comunicamos, e assim o sonho é um ato de comunicação da nossa psique, comunicação essa primitiva, espontanea, sem padrões e a atividade cerebral de sonhar, integra cada um dos seres humanos, faz parte de todos os homens existentes, onde podemos produzir conteúdos de qualquer teor, tendo um caráter arquetípo (padrão de comportamento associado a um papel social) e atemporal.
Então as atividades neuronais noturnas, ao reorganizar as reminiscencias e ativar as emoções, produzem conteúdos que são passiveis de interpretações, sem esquecer que são sempre metaforicas, simbolicas. Jung tanto quanto Freud em seus estudos psicanaliticos notou que os sonhos tinham tematicas muito parecidas, independente da cultura que os individuos estivessem inseridos, os sonhos eram potencialmente temas comuns a todas as pessoas, porém temas coletivos são encenados pelas nossas experiencias individuais e a partir da singularidade na subjetividade de cada individuo a palavra interpretação ou ampliação ganha potencia na psicologia clinica Junguiana.
Então quando o paciente compartilha o sonho, o papel do analista será esgotar todos os sentimentos, percepções, dores, alegrias, impressões, reações que o sonho lhe causou, através de inumeros questionamentos e investigações ( muitas peguntas), desta maneira ampliando a busca por significados dos sonhos que estarão vinculados a subjetividade do paciente e é isso que faz a psicologia analitica construir uma visão única dos sonhos, desvendando sua compreensão atraves da luz dos simbolos que os expressam e a cada sonho compartilhado pelo paciente, e conteúdo é ampliado, compreendido, elaborado e ressignificado, e assim é possivel notar as mudanças de atitude do individuo analisado perante sua vida, no decorrer da evolução do tratamento.
Para os interpretes curiosos a orientação é que analise o que esta acontecendo em sua vida e suas metas para tentar identificar o que o seu inconscente quer lhe mostrar para lhe enviar esse sonho.
Ana Carolina Carvalho Pascoalete
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