O gostar do que se faz e as obrigações dos afazeres

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

O que não é igual é diferente. Perguntamos!
Quando uma coisa é igual a outra?
“Euclides em seu primeiro princípio estabeleceu que quando duas coisas são iguais a uma terceira, são iguais entre si”.
As duas coisas apresentadas em nosso tema são diferentes.
O “gostar do que se faz” é aquilo que alguém ao realizar algo sente-se bem, descontraído feliz e no momento que estiver operando existir uma sincronia entre o propósito e o resultado. É nesse estado de produção que, identificar-se com o produto se descobre o que é “gostar do que faz”.
Quando acontecer o que citamos acima, estará presente o fator “amor a causa”. O resultado é criativo, e as vezes chega ser artístico.
Para que haja essa sincronia é necessário que o proponente apresente o que chamamos de “talento” intrínseco à inspiração artística.
O “gostar de fazer” é diferente de “a obrigação do que se fazer”.
Dentro das “obrigações do que está se fazendo” estão as obrigações de trabalho, as obrigações ambientais, as obrigações tributárias, as obrigações familiares, as obrigações governamentais, as obrigações escolares, as obrigações comerciais, as obrigações do respeito mútuo, as obrigações sanitárias, enfim, todas as relativas a sociedade humana e sua permanência. Todas as obrigações e deveres devem estar resguardadas no documento da “constituição brasileira”.
Em todas as áreas citadas acima, as violações são constantes.
Ao realizar aquilo que não gostamos, a nossa concentração mental não atinge a eficácia necessária à realização dos objetivos desejados, trazendo os prejuízos à perfeição, e em alguns casos apresentam cenários hilários como no mostrado nos filmes de Chaplin, onde o ato repetitivo de produzir penetra tanto na vida dos trabalhadores, que um apertador de parafusos de uma indústria passa a querer apertar o nariz de seus colegas com uma ferramenta como se fosse porcas do conjunto de “parafuso e porca”.
Isso levado as telas de cinema provoca gargalhadas além da mensagem crítica que passa aos presentes, mostrando o crime contra a liberdade humana, consumando em escravização.
Às coisas com “obrigações de serem feitas” se integram outras do dia a dia como os de costumes de vivência social, andar vestido, manter-se higienizado, fazer os deveres domésticos e muitos outros que você poderá acrescentar.
Ao fazer aquilo que não gostamos, a nossa concentração mental não atinge a sua eficácia e os resultados acompanham o fator ineficácia sem o desejo de produzir o melhor, apresentando os defeitos com a falta de perfeição sempre desejada.
Desta forma é que a força da proposta e o talento do executar consegue obras que são consideradas artísticas. Em qualquer dos campos das artes, sejam plásticas, musicais, inventivas, de conquistas, de aprendizagem, pode-se esperar bons resultados de quem “gosta do que faz”.
Esse fator aparece também na condução dos responsáveis que se propõe governar porque o governante deve se identificar com o que faz.
Os mandantes de um governo que “gostam de fazer o que fazem”, não se cansam, não esmorecem, não se acovardam diante dos inúmeros problemas e situações que aparecem numa administração, e ainda conseguem o ânimo de governar tendo diretrizes e objetivos a serem alcançados.
Espera-se que os homens certos estejam nos lugares certos “fazendo o que gostam de fazer”, porque se não a pergunta “a que vieram?” fica sem resposta.
Aperfeiçoemos a nossa conduta de escolha, baseado nos conceitos apresentados, e então encontraremos o caminho do sucesso, escolhendo os que “gostam de fazer o que fazem”.

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