TOC,TOC, você já ouviu falar

Por Ana Pascoalete |
| Tempo de leitura: 2 min

Conhecido como TOC, o transtorno obsessivo compulsivo gera uma desordem, que pode trazer prejuízos diversos para a vida de seus portadores. Provalvelmente você já tenha ouvido esse termo TOC, mas pode ser que desconheça significativas informações sobre a doença. Vale esclarecer que não trate-se apenas de comportamentos excessivos por organização e limpeza como uma parcela significativa da população pensa, e envolve sintomas diversos, de intensidade que pode ser leve evoluindo para gravidade, sempre prejudicando a rotina diária dos seus portadores, podendo incapacitá-los.

As obsessões ocorrem através de imagens e pensamentos intrusivos, persistentes e indesejáveis, causando intenso incômodo que invade o psíquico do individuo sem que ele apresente mecanismos de controle, e as compulsões são definidas por ações repetidas, executadas pelos seus portadores com o objetivo de amenizar a ansiedade, angustia, medo, nojo e o sofrimento gerado pelas obsessões. As causas desse transtorno são de ordem multifacetada, sendo necessário investigar o histórico familiar, alterações neuroquímicas e ou ainda fatores biológicos e psicológicos associados ao desenvolvimento emocional de cada individuo e fixações ou traumas associadas ao desenvolvimento dessa patologia.

Os sintomas divergem de acordo com cada caso, porém em todos os casos é identificado algum tipo de obsessão, como: medo exagerado de contaminação; preocupação excessiva com limpeza, organização e ou simetria; dúvidas e necessidades de revisar ações já efetuadas; e ainda pensamentos com conteúdo de agressividade, direcionados a si próprio e ou pessoas próximas. As compulsões também podem ser identificadas como rituais que abrangem comportamentos observaveis ou atos mentais de repetição como: lavar as mão demasiadamente; limpar e organizar repetidamente o mesmo local; verificar inumeras vezes as maçanetas das portas, janelas, luzes, gás; e ainda orar, contar ou repetir números e ou palavras em sil encio. Claro que é comum ao abordamos sobre os sintomas citados acima os individuos identificarem-se, pois qualquer pessoa manifesta alguns desses sintomas na sua rotina diária.

No entanto vale evidenciar que o individuo que apresenta o transtorno obsessivo compulsivo experiencia esses sintomas com frequencia e intensidade elevada, sem mecanismos de controle, essa desordem ainda promove investimento intensificado de tempo e comprometimentos das atividades rotineiras. Muitos individuos convivem com o transtorno obsessivo compulsivo e não buscam por ajuda, possivelmente por não compreenderem que trata-se de uma doença.

Diante de evidencias com sinais ainda sutis, o ideal é procurar por orientação psicologica para amenizar o sofrimento e saber como lidar com a situação, visando a cura e ou evitar o agramento do quadro nos casos crònicos . Percebo nesse momento atual com os diversos atravessamentos que alteraram a rotina das pessoas por conta da pandemia, que muitos individuos que conviviam com quadro leve do transtorno migraram para os casos mais graves, necessitando de intervenções multifacetadas, que incluem tratamento medicamentoso visando reduzação dos sintomas. É comum as pessoas resistirem em procurar por ajuda quando os sintomas são sutis, e vale ressaltar que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física, e esses cuidados garantem uma vida mais próspera, com qualidade e bem estar.


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