Há uma série de fotos mostrando como, o que chamamos de feras, interagem amorosamente com aquele guarda; incrível.

Na primeira foto há uma enorme leoa abraçando-o e lambendo a mão de quem, deve ela ter deduzido, a protege. Seguem-se outras fotos de interação pacífica com leões, leopardo e, com consideradas como traiçoeiras hienas.

O e-mail termina com a pergunta: “Se um homem pode se relacionar com animais tão ferozes, porque é tão difícil o relacionamento humano?”.

Esopo, o famoso fabulista do século 7º - 6º a.C., em sua fábula O Lobo e o Cão, deixou-nos um lapidar comentário: “Não há ouro bastante para pagar a liberdade”.

Ter animais presos em recintos exíguos para o deleite dos humanos é, sem dúvida, cruel.

Existe, no entanto, aqueles que argumentam ser melhor abrigá-los em zoológicos do que deixá-los a mercê do maior predador do planeta, o bicho homem.

A Revista Época numa reportagem de Peter Moon intitulada: “Um Genocídio Selvagem”, esclarece que o chifre do rinoceronte considerado milagroso por muitos chineses, movimenta uma caçada crescente a ponto de duas subespécies desse animal acabam de ser extintas.

US$ 100 mil é o preço do quilo do chifre do rinoceronte no mercado ilegal de Hong Kong.

Os compradores são milionários que acreditam nas quase ilimitadas propriedades curativas do pó do chifre macerado serve para curar todo tipo de febre, enxaqueca, ansiedade, hemorragia, varíola, reumatismo e até para exorcizar possessões demoníacas. Só não é afrodisíaco (nesse caso, o indicado é a genitália dos tigres).

A polícia de Hong Kong, há dias, fez a maior apreensão de sua história um navio da África do Sul escondia um lote de chifres avaliado em US$ 2,2 milhões.

Assim como esses animais são exterminados por uma crendice que atribui valor inestimável a seus chifres, outros são caçados pela pele, carne, barbatana, divertimento, e por esporte.

Com a contínua expansão humana, desbravando novos territórios, os animais silvestres estão cada vez mais encurralados e com escassos meios de sobrevivência.

Sempre gostei de animais. Nunca tive contato com animais selvagens, mas tive especial predileção por cavalos que meu pai e meus tios tiveram, igualmente para cães e gatos que foram e ainda são companhia constante.

Sempre admirei a recíproca que me davam. Como eles não raciocinam, apenas agem por instinto, é possível explicar, então que leões, leopardos e hienas interagem com um guarda florestal?

Tanto meus gatos como cachorros sempre demonstraram amor e imensa gratidão, mesmo quando eu não estava muito propenso a dar-lhes maior atenção.

Tive um cavalo tão manso e tão dócil que cavalgava nele sem arreios, sem freios e me obedecia e tinha o tino de não fazer nenhuma manobra que colocasse a criança que o conduzia em perigo.

Tive um cão maltês, que se desdobrava em mostrar contentamento e toda manhã, quando me ponho a ler os jornais no sofá, aboleta-se ao meu lado e só sai quando eu termino.

Eive também ainda duas gatas a Ísis, siamesa muito arredia e ciumenta mas vem para que lhe faça cafuné e alise seus pelos macios. A Lili, gata mestiça que peguei na portaria do Clube, onde foi abandonada, ao ver um menino tentar chutá-la, a chamei e mansamente aceitou meu colo e veio no carro como se fosse da casa.

Ela, quando saia acompanha-me até o portão e, quando retorno, lá está me esperando..A Ísis com 19 anos faleceu,

Quem é tão fi elassim?

La Fontaine em Fábulas: “Dedicatória ao Delfim” escreveu; “Sirvo-me de animais para instruir os Homens.”

Imagem: rawpixel.com

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