O psicopata

Por Francisco Ometto | 15/05/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Quem já não ouviu uma história real na família, de conhecidos ou mesmo em noticiários, sobre pessoas que perderam tudo porque se relacionaram com alguém que “inesperadamente” os prejudicou, matou ou roubou. E não se assuste se este homem inescrupuloso seja paradoxalmente charmoso, carinhoso, atencioso e sedutor, porém, sem dinheiro ou com necessidades a suprir e, então, sorrateiramente procura uma vítima, ela se apaixona e o relacionamento se efetiva (mesmo com protestos de familiares e pessoas próximas). Conclusão: ele se dando bem e ela terminando sem nada (ou até sem a própria vida). Infelizmente, assistimos e ouvimos constantemente muitas histórias semelhantes e estarrecedoras com relação ao tema de hoje.

Importante também que todos entendam que crimes passionais (que aumentam a cada dia) podem ou não ser cometidos por psicopatas, uma vez que estes não se utilizam apenas da violência física.

O entendimento da psicopatia deve ser abrangente, pois estamos tratando de um transtorno de personalidade com um conjunto de comportamentos e traços específicos, de pessoas que causam boa impressão e são considerados normais à primeira vista, mas aos poucos mostram seu egoísmo, sua desonestidade; possuem prazer em utilizar os bens materiais dos outros e se aproveitarem em todos os sentidos, além de outras características perigosas ao convívio humano, como por exemplo, o fato de se divertirem com o sofrimento das pessoas.

Pesquisadores afirmam que a maioria deles é do sexo masculino e são pessoas agradáveis, simpáticas, disponíveis e excelentes no começo da relação, pois isso faz parte da “trama”, entretanto, depois de ganharem a confiança - uma vez que isso facilita a manipulação - os problemas começam; lembrando que um psicopata não sente qualquer tipo de arrependimento ou culpa!

Estas são apenas algumas das características e observá-las não é o suficiente para identificar um psicopata com precisão. Torna-se necessário que um profissional habilitado e competente em saúde mental o faça, mesmo porque psicopatas sabem enganar as pessoas de forma eficiente e não sentem a menor vontade de se tratarem.

O tratamento da psicopatia é feito pelo médico psiquiatra, com uso de medicamentos e também com terapia, para melhorar o quadro clínico.

É difícil alterar comportamentos psicopatas, mas a terapia pode auxiliar muito a pessoa a respeitar regras sociais, interagir melhor com ela mesma e com o mundo e com isso também evitar possíveis crimes de qualquer natureza, a si e aos outros.

Infelizmente o mundo atual facilita o aumento das psicopatias e de outros distúrbios psíquicos. Torna-se, portanto, imprescindível que você use métodos criteriosos para avaliar com quem vai se relacionar, sob qualquer esfera, uma vez que isso a despeito de emoções ou até de necessidades causadas por carência, ilusão, fases ou desconhecimento do assunto pode causar danos irreversíveis a você e a quem você ama ou está próximo a você (filhos, familiares, amigos).


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