A fase emergencial e a Câmara

Por Gilmar Rotta | 18/03/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Iniciamos nesta segunda-feira, mais uma fase sobre a qual nenhum de nós gostaríamos de estar vivendo. Mesmo diante de todos os esforços que parte da população tem feito, uma sequência de acontecimentos políticos e administrativos tem afastado nosso país de uma solução mais célere da pandemia que nos afeta. Por isso, e diante da força dos decretos estadual e municipal que determinaram a fase emergencial, a Câmara de Vereadores mais uma vez adequa seu funcionamento a fim de não ser um fator motivador da circulação das pessoas, ou um foco de propagação do Coronavírus.

A exemplo do ano passado, quando vivemos dias de muita apreensão, a preocupação da Mesa Diretora foi, ao manter as atividades em pleno funcionamento, mas de forma virtual e remota, preservar a vida de todos aqueles que contribuem para o funcionamento da Câmara e da população. Depois de uma semana reduzindo a forma presencial, e seguindo a decisão do prefeito Luciano Almeida, colocamos todos os servidores em home office, à exceção dos diretores e daqueles cujas funções não são possíveis de serem realizadas à distância.

De forma humanitária e responsável, temos mantido os servidores do grupo de risco, por doenças pré-existentes, idade e outros critérios, em atividades remotas. Nosso pessoal do setor de informática, ainda no ano passado, trabalhou com agilidade para garantir que todos tivessem condições de acessar seus computadores de trabalho para que nenhuma atividade fosse deixada de lado ou que houvesse acúmulo de demandas.

Estas medidas, logicamente, aguçam a crítica de trabalhadores que têm condições diferentes da natureza do serviço público ou que apontam como equivocada a decisão de fechar o atendimento da Casa ao público. Ocorre que a Câmara, de forma natural, é um local bastante visitado pelos cidadãos. Seja em busca de um curso da Escola do Legislativo, seja para assistir às sessões camarárias, participar de reuniões de fóruns, audiências públicas comissões, ou estar junto aos vereadores em seus gabinetes.

Este perfil de atuação atraiu, em 2019, 47 mil pessoas às dependências da Casa. Ou seja, uma média de 200 pessoas por dia passaram por aqui estimuladas por ações como programa Parlamento Aberto e as atividades dos vereadores. E é este o dado que exigiu que a Casa se adequasse a este novo normal que temos que nos adaptar neste período de pandemia.

As adequações aconteceram acompanhando os principais parlamentos brasileiros e de cidades com o mesmo número de habitantes que Piracicaba. Não é este o desejo de nenhum gestor público, atitudes que de alguma maneira distanciam fisicamente o cidadão das decisões políticas. Mas também quanto a isso nos debruçamos para levar à sociedade cainhos para que tomassem conhecimento de todos os projetos e votações em andamento.

Este compromisso, a nova Mesa Diretora, hoje composta também pelo vice-presidente Acácio Godoy, pela primeira-secretária, Ana Pavão, pelo segundo secretário, Pedro Kawai, pelos suplentes Thiago Ribeiro (da vice-presidência) e Alessandra Bellucci (da segunda-secretaria) reiteram com a sociedade: garantir todo acesso aos acontecimentos, decisões institucionais e ações políticas da Câmara Municipal.

Que em breve, muito em breve, com decisões acertadas em nível federal, possamos vislumbrar mais uma vez a população de Piracicaba vivenciando o dia-a-dia da sua Casa, ocupando os espaços definidos em Lei como a Tribuna Popular, o Orador Popular, os cursos da escola, as reuniões e audiências, e possamos reestabelecer o de mais nobre temos a nos orgulhar: a participação popular.

Gilmar Rotta é presidente da Câmara Municipal de Piracicaba

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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