Na próxima sexta-feira,12 de março, é comemorado o Dia do Bibliotecário, instituído pelo Decreto Federal 84.631/80, por marcar o nascimento, em 1882, de Manuel Bastos Tigre. Ele foi o primeiro bibliotecário concursado do Brasil, classificado em primeiro lugar para ingressar no Museu Nacional, atuou também na Biblioteca Nacional e na direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil.
Manuel é praticamente desconhecido e deve ser lembrado nesta homenagem aos bibliotecários. Pessoalmente, homenageio as profissionais que contribuíram com a disseminação da informação e do conhecimento ao longo dos últimos anos, na Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto. Agradeço a essas valorosas mulheres pela eficiência em suas tarefas. Elas ensinaram o cuidado com os livros e o valor da busca por mais conhecimento.
Nossa biblioteca conta hoje com um acervo de 110 mil livros, reunidos em um prédio especialmente projetado para esse fim, dotado de um sistema totalmente informatizado que permite consultas através da internet, facilita o cadastramento e a emissão de cartões de identificação de sócios e o uso de um moderno software que facilita localizar livros, organizar, controlar e preservar o acervo contra perdas e furtos. Ela já comemorou 80 anos com muita história para contar, começando com sua criação em 1939, com apenas 837 livros. Ainda que pequena, era a primeira do interior do Estado. Entre 1940 e 1990, mudou de endereço por sete vezes, até chegar à rua do Rosário, de onde, finalmente, saiu para a casa nova e definitiva que agora a abriga.
Para chegar à esquina da Vergueiro com a Saldanha Marinho foi necessária muita determinação e articulação. O prédio em formato de um livro aberto com 2.770 m², projeto do arquiteto João Chaddad e da equipe do Ipplap daquele momento, só foi possível graças a devolução de verba pela Câmara de Vereadores. O presidente à época, João Manoel dos Santos, e a unanimidade dos edis entenderam a importância desta obra e aprovaram a solicitação do prefeito Barjas Negri.
O prédio conta com toda infraestrutura de um moderno espaço idealizado para oferecer conforto e inclusão aos usuários. Mas a maior atenção foi dada aos livros, dispostos em estantes deslizantes que impedem danos causados pela exposição à luz e à umidade, inimigos daqueles volumes, particularmente os mais raros que lá estão.
Até 2019, antes da pandemia, passavam pela instituição mais de 3 mil pessoas ao mês. Elas vinham em busca de espaço adequado para estudar, pesquisar ou para lazer. Várias ações eram realizadas para aproximar o público da literatura, como contação de histórias, exposições, visitas monitoradas, eventos e concursos literários de Microcontos de Humor e Prêmio Escriba.
Nossa cidade cresceu afeita às letras, às artes e os gestores públicos têm buscado adotar políticas afirmativas que tornem nossa biblioteca cada vez mais um espaço cultural ativo, um ponto de referência para o desenvolvimento intelectual, científico e artístico, expandindo valores, divulgando a cultura e os costumes. E os grandes responsáveis pela disseminação do gosto pela leitura e o cuidado com os livros, são os bibliotecários. Parabéns pelo seu dia!