Quando...Quando?

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

Nos questionamentos do “quando” como temporal em que o termo diz “em que tempo?” entramos na área da medição onde se fala do que vem antes e o que vem depois, estabelecendo o surgimento do calendário em que o atual é gregoriano. Outros calendários existem com referências em diferentes observações e crenças.

Fincado nesses princípios com bases na experiência do dia a dia e que rebuscando na alma, o que a vida já mostrou, é que a junção desses sentimentos puderam traduzir com esse título que acreditamos sugestivo.

Para explorar o tema não baseado só no calendário mas nas razões da expectativa, da rapidez ou da demora que se apresentam nesse decorrer, é que nos dispusemos experimentar o sentido da mesma, trazendo o que vem a seguir: Quando?

Quando o vento soprar nas velas do seu barco e você souber para onde quer ir.

Quando uma lágrima furtiva desencadear uma chuva delas, para irrigar o seu pranto.

Quando uma fatia de pão pode empurrar com toda força a morte para o lado.

Quando o oásis está tão longe e tão perto de matar a sua sede que você aceita um canudinho de plástico para atingir a água desejada.

Quando um raio de uma tempestade é amortecido ao tocar o solo.

Quando um sorriso abre o palco de uma grande festa de alegrias.

Quanto um último suspiro dá o alívio à uma vida de sofrimentos.

Quando o seu coração está ferido e alguém lhe oferece amizade.

Quando as dores de um parto é seguida do choro de uma criança.

Quando você com fôlego de tenor é abafado não podendo cantar o hino da liberdade.

Quando o campeão reconhece que perdeu porque lutou com você.

Quando o derrotado fecha a porta e apaga a luz.

Quando um cego pode enxergar um raio de luz sem estar nada vendo.

Quando você é atingido por um tsunami e consegue vislumbrar o fundo do oceano confundido com o fundo do seu ser.

Quando você atender o telefone ou chamado e não precisar dizer que não está.

Quando a ignorância da praga for combatida pela ciência e pela vontade de sobreviver.

Quando o mistério do tempo estiver enrobustecendo a nossa paciência.

Quando os raios de luz forem ofuscados pela clareza das ideias.

Quando você só estará plenamente satisfeito quando atingido os desejos e sonhos.

Quando você perceber que a linha reta não existe e que ela é um pedaço de uma curva muito aberta.

Quando você pensar que tudo o que tem forma até que se imprima maior velocidade a ela, e que a forma estará se derretendo se transformando em energia.

Quando for percebido que um ponto é um “lugar” onde estão todos os pontos a que você se referir.

Quando você conseguir superar as pobrezas materiais pela riqueza das ideias.

Quando a ideia de tempo for eliminada por aproximar o instantâneo da eternidade restando só o “agora”.

Como podemos ver, o suspense da espera ao analisar os “quandos” deverá ser administrado com sabedoria com propósito de diminuir as ansiedades do viver, trazendo equilíbrio para que as indações não sejam prejudiciais ao nosso conviver, destruindo o fluxo vital na procura da verdade.

A procura da verdade costuma ser uma constante no caminhar dos nossos dias. Os nossos dias atualmente parecem correr mais depressa sentidos por uma maioria de pessoas que não se cansam de dizer “como o tempo está passando rápido”. No entanto, esse fenômeno ainda não encontrou explicação digna de ser aceita. Continuaremos o desenrolar esperando que possa ser esclarecida, por se achar dentro do campo dos “quando”.

Quando aí chegar você combateu o “Bom Combate” e experimentou ser um homem por sentir a grandeza da vida e a insignificância do ser humano, deixando claro que a esperança nunca deixou de reinar.

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