O bom senso ou o que é o certo e o errado?

Por Rogério Cardoso | 23/02/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Olá meus queridos leitores, hoje eu não irei escrever sobre artigos científicos ou sobre como o exercício faz bem a saúde. Farei um artigo de reflexão, um bate papo com você, como se estivéssemos conversando em uma caminhada matutina na Rua do Porto.
Recentemente li um artigo belíssimo de Jorge Forbes, uma grande psiquiatra e psicanalista brasileiro responsável pelo IPLA ( Instituto de Psicanálise Lacaniana) intitulado “ O ser humano não é para principiantes” e você pode facilmente lê-lo no próprio site da instituição – recomendo, sempre tem artigos maravilhosos - onde ele fala do uso do bom senso e de como deveríamos fazer escolhas mais acertadas para nossas vidas, apesar de sabermos o que devemos escolher muitas vezes e erramos quase sempre.

Ele cita como exemplo perguntas como:“ Será que as fotos alarmantes de doenças mortais expostas nos maços de cigarro inibem o viciado? Será que o conhecimento dos prejuízos gastronômicos de um torresmo crocante e de um bolo de chocolate coberto de calda de açúcar inibem o glutão? Enfim, para realçarmos a atualidade: será que o conhecimento dos riscos mortais das aglomerações durante a pandemia da Covid-19 inibiu os banhistas? Nossas praias ficaram vazias?”

Forbes ainda relata que a resposta é não para todas essas perguntas; o conhecimento do malefício não é suficiente para inibi-lo. Se perguntarmos a essas pessoas se elas não reconhecem o perigo, elas não o negarão, só acrescentarão um “mas”, respondendo na fórmula consagrada: “sim, mas”. Sim, a aglomeração é perigosa, mas a saudade também…

Eu esta semana através de uma conversa com um dos meus alunos falei de como para mudarmos a nossa realidade precisamos ser exemplos do que queremos nos outros. Em um dos livros que li, conheci a figura de Rony Meisler, dono da marca Reserva onde ele sempre falou: “A palavra convence,o exemplo ARRASTA!”

Eu sempre gostei desta frase, pois ela é uma realidade!

Não adianta eu falar que atividade física é importante para minha filha se ela não vê me fazendo!

Não adianta eu falar que ler é importante para minha filha se ela não me vê lendo!

Não adianta eu falar para meu aluno que exercício deve ser feito diariamente se eu não faço!

Não adianta eu falar que você leitor deve usar mascara ao fazer atividade física, se você me vê correndo na Av. Renato Wagner sem mascara.

Não adianta eu falar que atividade física é saúde se eu fico postando que bebo cerveja direto nas mídias sociais ou que estou nos bares por ai em meio a Pandemia!

Não adianta eu falar que trabalho com corrida se não corro!

Não adianta eu falar que criei um método de treinamento funcional se eu não prático o meu método!

Entende onde quero chegar?

Falar as coisas e não fazer nunca vai gerar credibilidade e só vai gerar hipocrisia.

Pode falar o que quiser! Voce pode não concordar, mas só gerará credibilidade para quem é seu amigo ou que gosta de você!
Para o resto das pessoas não!

Em tempos de Pandemia, não devemos somente fazer as coisas com o nosso bom senso, afinal, cada um tem o seu e acha que é certo para isso ou aquilo. Mas se quiser mesmo ver a diferença na nossa cidade, na sua família, no seu exercício, é com exemplo que iremos mudar esta realidade. Nunca foi tão importante sermos exemplos neste tempo de pandemia. Isso as vezes é difícil para pessoas de todas as classes sociais. Saúde não tem a ver somente com exercício, mas também com nossas escolhas para nós e para os outros. Vamos fazendo o certo para que possamos sair desta Pandemia o quanto antes. E cuide-se! Até a próxima!

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