Enfim, as aulas estão retornando

Por Ana Pascoalete |
| Tempo de leitura: 3 min

E 2021 chegou, as vacinas para a população produzir anticorpos contra o novo coronavírus começaram a circular e as discussões sobre a retomada das aulas presenciais gradativas vêm mobilizando a toda população. Claro que além da necessidade de manter os protocolos de higienização e distanciamento social, também é necessário enfatizar nos aspectos emocionais dos alunos e professores.

Todos estão sensíveis e inseguros devido esse longo período de isolamento social, ansiosos e esperançosos com o retorno às aulas presencias, nesse momento em que as escolas voltam a abrir seus portões sabendo deste grande desafio. Apesar em ser muito esperado por todos, vai demandar dos educadores, professores novas estratégias para ressignificar a reinvenção das relações afetivas, ainda evitando o contato físico, e quando relacionado ao trabalho psicopedagógico, repensar novos projetos, de acordo com essa nova demanda dos alunos, com a inovação da rotina e combinados.

É possível construir essa nova realidade, estimulando essa grande empreitada a todos envolvidos, principalmente aos professores que acabam sendo o amparo dos alunos, pais e toda a coordenação da escola. Desta forma, esses professores precisam ser acolhidos em todas as novas necessidades que surgirem no decorrer desse novo ano que estamos construindo e que ainda está fragilizado já que apenas uma porcentagem baixa da população recebeu a primeira dose do imunizador.

Professores em especial precisarão de acolhimento para não ficarem sobrecarregados em serem demasiadamente requisitados, já que a escola sendo um espaço de encontros, necessitará manter um canal de diálogo aberto com todos envolvidos para viabilizar sua permanência na abertura, por meio de possíveis soluções a partir das problemáticas que surgirem até que todos estejam imunizados.

Ainda vale abordar sobre as diferenças gritantes entre a rede pública e privada, que ficou escancararam, no decorrer desse período, que ambas foram pegas de surpresa e como conduziram seus alunos migrando do ensino presencial para o remoto. Não podemos esquecer que ainda estamos em pandemia vivendo a pressão de toda uma sociedade para retomar ao estado normal, porém é importantíssimo a consciência de que isso ainda não é possível, visando evitar ainda ansiedades e insegurança em um momento delicado.

Com as escolas focadas na prevenção da covid-19, vale o alerta para os riscos de novas formas de bullying, como o receio de reações inadequadas mediante um aluno ou profissional que esteja espirrando e ou tossindo, já que esses sintomas estão associados ao vírus. Será preciso trabalhar com calma, orientações resgatando os aprendizados vividos pelo isolamento físico e priorizando o material humano, para que esse ano de 2021 possa acontecer de maneira orgânica e plena.

Ainda há muitos pais que não se sentem seguros a permitirem que seus filhos retornem às aulas presenciais e é necessário pensar nessa demanda sem promover prejuízos aos alunos, pois não é possível acreditar que a aula remota será igual à aula presencial e, desta forma, os alunos em aprendizagens diferenciadas também terão produtividades diferenciadas. A experiência vivida na escola é insubstituível, pois no ambiente escolar os alunos convivem, se socializam e aprendem uns com os outros. Com esse retorno caberá a cada escola decidir como proceder amparada nas leis, defendendo o direito da educação e aprendizagem das crianças e adolescentes em um ambiente seguro, saudável e adequado ao momento. Enfim, que todos os alunos, aos poucos, possam viver a alegria e satisfação de retomarem às suas escolas.

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