Entendendo a depressão

Por Francisco Ometto | 18/01/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Vamos começar esclarecendo uma dúvida muito recorrente: qual a diferença entre tristeza e depressão? Tristeza ocorre após algo ruim que acontece, entretanto ela não dura muito (em média duas semanas) e você consegue reagir, ou seja, ela não “permanece” em você. A depressão, por sua vez, vem de uma tristeza mais profunda, que “permanece”. Isto faz com que a pessoa não consiga reagir e sair da situação. Na maioria dos casos, o depressivo nem sabe o motivo que está desencadeando seu estado, mas o processo é como uma bola de neve.

São vários os graus que medem a depressão, indo do mais leve ao mais complexo, com várias características peculiares a cada um, mas vale lembrar que ela tem cura. A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a cada “40 segundos” ocorre um suicídio no mundo. Certamente você conhece ou já ouviu falar de alguém que tem depressão, ou acha que tem. Ainda segundo a OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%. Importante ressaltar ser muito comum que ansiedade e depressão se manifestem juntas, relacionando-se uma à outra.

Temos quatro tipos de depressa?o:

Maior: aquela pessoa que sempre foi muito alto astral, mas que va?rias ocorre?ncias amargas como separac?a?o, frustrac?o?es, convívios, perdas, etc., bem como o negativismo, acabaram levando-a para um estado deprimido.

Disti?mica: pessoa que desde a adolesce?ncia ja? tem os sintomas.

Reacional: diretamente ligada a uma perda ou trauma.

Bipolar: alterna?ncia entre depressa?o e seus va?rios sintomas com euforia, na maior parte das vezes fora da raza?o.

Outra dúvida frequente: pode haver influe?ncia gene?tica? Em poucos casos, mas isso na?o condena a pessoa. Ela pode reverter o quadro com as ferramentas certas!

Quanto aos sintomas, são variados: desa?nimo, cansac?o, ansiedade, isolamento, pensamentos ou atos ligados ao suici?dio, problemas do sono, alterac?o?es no apetite, diminuic?a?o ou paralisac?a?o do prazer sexual. Lembro que na?o ha? necessidade de todos estes sintomas estarem juntos para caracterizar a doenc?a.

Como eu sempre defendo, a solução deve ser buscada na raiz (causas). Na terapia, com a ajuda de um bom profissional, podem ser utilizadas várias técnicas, dependendo de cada caso, ajudando na resolução de dificuldades emocionais e conflitos internos e estimulando o autoconhecimento. É preciso um encontro interior, conquistando equilíbrio, conhecimento, força e domínio de si, limpando causas e blindando situações futuras.

Os transtornos mentais estão se proliferando pelo mundo e acometendo qualquer tipo de pessoa. A depressão é uma delas. A maioria tem dificuldade em assumir o problema e procurar ajuda e isto colabora no agravamento, sem contar o triste preconceito ainda existente sobre este tema. Se você tem sintomas, supere qualquer receio de falar sobre seu problema com um profissional capacitado e que realmente queira ajudar, com amor e competência e se souber de alguém que precise, incentive a busca de ajuda.

Lembre-se de que Deus nos presenteou com o dom da vida e podemos vivê-la em toda sua plenitude e beleza.

Voce? pode salvar a sua vida. Voce? pode salvar vidas.

“Algo só é impossível até que alguém duvide e resolva provar o contrário”. (Albert Einstein).

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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