Terapia é para loucos?

Por Francisco Ometto | 11/01/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Você já foi chamado de louco? Se sim, você não está sozinho! Cito alguns “outros”: Einstein (responsável por várias descobertas da física e autor da Teoria da Relatividade), Thomas Edison (inventor da lâmpada elétrica incandescente e do gramofone), Nikola Tesla (Inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica), Larry Page e Sergey Brin (fundadores do Google) e tantos outros grandes nomes da História deste Planeta que foram chamados de loucos, doidos, burros e tantos outros “adjetivos”. Estes são os conhecidos, mas temos inúmeros desconhecidos, cada um com seu valor.

Mas o que é loucura? Vamos entender alguns conceitos atuais sobre este tema. A Ciência já separa loucura de doenças mentais. No campo da saúde mental, já não usamos mais os termos “louco”, nem “loucura”. Note que, antigamente (apenas um de tantos exemplos), uma mulher que se apaixonasse por um homem mais novo era considerada “louca”, mas hoje vemos que essa e outras “loucuras” representam, na verdade, uma ampliação da existência humana. Doenças mentais, no entanto, representam uma restrição da liberdade e da autonomia.

Na Psiquiatria moderna, a loucura é tratada como “psicose”, termo muito estudado e explicado por Freud em vários de seus estudos. Para ele, psicose é um conflito entre o ego e a realidade externa, ou seja, conflito, o maior causador de tantas doenças, ontem e hoje.

Pois bem, vamos às estatísticas, todas da OMS, para reforçar (também) nosso Janeiro Branco: “A cada 40 segundos alguém se mata no mundo”; “Cinco entre as dez maiores causas de incapacidade no mundo são problemas mentais”; “O Brasileiro é o povo mais ansioso do mundo”. “O Brasil é o segundo em depressão nas Américas, só perdendo para os Estados Unidos”; além de tantos outros dados já críticos.

A saúde mental ainda não é tratada como se deve no Brasil e uma das formas mais eficazes de se buscar a saída para tantos problemas mentais e emocionais que assolam cada vez mais o ser humano é a Terapia, além da medicação, quando necessária.

No entanto, apesar de tantos indicativos e estatísticas, ainda impera o preconceito…

“Terapia? Eu na?o preciso disso!”
“Depressa?o e? frescura!”
“Eu? Pagar para algue?m me ouvir?”
“Isso e? falta do que fazer!”

Lembro que desabafo com amigos não é terapia ou tratamento. Bebidas ou outros subterfúgios não são terapia… Na terapia, bons profissionais utilizam técnicas para as devidas transformações, pois agem como um diretor de filmagem, que vai mostrando ao ator - de forma consciente e inconsciente - o que foi esquecido e não podia ter sido, o que precisa ser alterado, o que se evitou enfrentar e o que o está prejudicando, mas o paciente não tem consciência. O objetivo é o autoconhecimento, base para a felicidade verdadeira, juntamente com a “limpeza” ou o “ajuste” do que não está funcionando, ou está sendo a fonte de algum desvio, travamento ou problema, em vários âmbitos.

Sobre o título de hoje? Sim, terapia é para loucos! Loucos que querem ser suas melhores versões a cada dia, que querem se conhecer profundamente e ir além, que amam o caminho da felicidade, do bem estar, do equilíbrio e da realização pessoal, profissional, relacional e emocional. Meus sinceros parabéns a todos estes “loucos” que admiro tanto!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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