Manter é também avançar

Por Gilmar Rotta | 04/01/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Encerra-se amanhã, dia 31, a 17ª Legislatura da Câmara de Piracicaba e também a gestão da Mesa Diretora que tive a honra de presidir desde o dia 1º de janeiro de 2019. Um trabalho que teve o compromisso de dar continuidade e promover avanços a um processo necessário e irreversível pelo qual o Legislativo passou, a derrubada de barreiras para o acesso da população.

O que poderia parecer óbvio, visto que é certo que a Câmara a casa do povo, foi executado com muito planejamento e vontade política. Muitos se lembram que, anos de 2011 para frente, a Câmara passou por momentos difíceis, de pouco diálogo com os movimentos sociais e raras exceções de abertura para participação política.

O Brasil vivia em 2012 momentos de muitos protestos impulsionados pelo aumento das passagens de ônibus em várias capitais brasileiras. Em Piracicaba, simbolicamente, um cordão de segurança se pôs entre a Câmara e a população, que passou a frequentar a Casa sempre com faixas de protestos e críticas. E também um vidro separou os vereadores do plenário da população que ficava na galeria.

Foram situações que, naquela época, não se podia calcular os efeitos que poderiam ter, mas que o tempo mostrou o quanto era preciso repensar atitudes e comportamentos, para que a Câmara retomasse suas características democráticas.

E estas transformações foram acontecendo gradativamente e na medida que a cidade compreendia a vontade política das gestões Casa em promover gestões institucionais mais abertas e de diálogo.

Tive a oportunidade de, nos últimos dois anos, estar à frente da Mesa Diretora. Uma experiência enriquecedora que em nenhum momento nos fez maior ou menor do que somos, mas nós ensinou o quão fundamental é a compreensão de que todo cidadão espera de uma Câmara: que minimamente ela o receba de braços abertos.

E nossos esforços foram neste sentido.

Mesmo que quase metade deste mandato tenha ocorrido sob os efeitos da pandemia do Coronavírus, exigindo distanciamento social e contato virtual, buscamos em cada atividade dizer ao cidadão: está Casa é sua.

Foi assim quando ampliamos de dois para três o número de oradores da Tribuna Popular. Quando estimulamos o maior número de audiências públicas, quando abrimos a participação das pessoas pelas redes sociais.

Foi assim que buscamos auxílio das entidades assistências para construímos juntos o projeto Câmara Inclusiva, e promovemos ações transformadoras de inclusão e acessibilidade.

Foi também assim, com respeito ao recurso do cidadão, que promovemos a ampliação do controle toa recursos públicos, mantendo na Câmara apenas o essencial para a plena execução das duas funções administrativas e constitucionais.

Por isso, ao analisar números, avaliações de transparência e projetos realizados é que se faz necessária a análise de que manter os preceitos de participação popular, cumprir e ir além do que exige a legislação em relação à transparência pública, ouvir e estimular que as pessoas venham à Câmara são suas maiores riquezas.

Que a manutenção destas características da Câmara de Piracicaba seja também o seu contínuo avanço, rumo sempre do que mais próximo espera a população.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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