Natal: Papai Noel ou Jesus Cristo?

Por Francisco Ometto | 28/12/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Muito se fala sobre o Natal e até vemos um movimento para entendê-lo de forma menos comercial e mais espiritual. Entretanto, esse movimento ainda é lento e auxiliar meu leitor a abrir a mente sobre fatos altamente relevantes – e que se expandem a muitos outros - é o objetivo desse nosso encontro especial de Natal.
Para começo de conversa, Jesus nem nasceu no Natal… Isso mesmo! Não existe nenhuma fonte documental que comprove o dia em que Jesus nasceu.

Mas até aí tudo bem, pois o importante mesmo é que Jesus existiu e saber a data de seu nascimento é muito menos importante do que o que estão fazendo com o Cristianismo!

Pois bem, “Cristianismo” significa seguir a “Cristo”? Sim! Mas esta frase anda bem teórica, porque, na prática, estamos vendo cenas de horror sobre este assunto! Você se diz cristão? Então reflitamos se nós e as pessoas que admiramos ou seguimos na Igreja (e mesmo fora dela) são um espelho do que era Jesus, “Cristo”.

O que vale mais no Natal? A lembrança do nascimento de um grande exemplo de vida pautado em amor, humildade e altruísmo ou o seu décimo terceiro e economias sendo engolidos pelo capitalismo?

O que é realmente o Natal, na prática? Uma festa religiosa ou “mais” uma das peças espertamente utilizadas na poderosa e ilusória engrenagem do sistema consumista? Jesus nos ensina o valor da liberdade; Papai Noel nos ensina o valor da liberdade do consumismo. E segue o baile da hipocrisia e da manipulação…

Na verdade, o grande e real ensinamento do Natal é que Jesus nasceu para que morramos aos processos destrutivos que, por algum motivo, comandam ou tentam comandar nossa vida. Jesus é Vida e também exemplo de como alterar o rumo de nossa existência e dar o comando e o sentido que a nossa vida precisa ter.

O que você faz no Natal está alinhado com sua essência? Você faz o que realmente gosta de fazer em datas como essa? Está com quem realmente gosta de estar? Recusa a obrigação dos “presentes” e “costumes”? Mas, quem disse que tem que ser assim? Aliás, sua dedicação com quem você dá presentes no Natal, as atitudes e os desejos abertamente expressos neste período são os mesmos dos outros dias do ano? Se a resposta for não, você está em conflito e isso definitivamente não faz bem e traz sérias consequências. Não é a toa que a humanidade está cada vez mais doente.

É perceptível que o mal está se multiplicando no mundo e não podemos fechar nossos olhos para isso, porque, para vencer o mal ou qualquer inimigo, precisamos saber enxergá-lo, conhecê-lo e enfrentá-lo, mas, antes, precisamos nos enfrentar, nos conhecer e assumir coerentemente as rédeas da nossa vida e do nosso papel na sociedade. Quando começamos a acreditar que todos os problemas estão sendo causados pelos “outros”, aí que o mal se instala com mais força. Portanto, os bons precisam “escolher” estar à frente. Motivo? Só eles estão aptos a moldar esse mundo para o bem. Esse foi Jesus, Cristo! Cristianismo…

Que busquemos neste Natal, de forma paradoxal, “morrer” para que renasça um novo “eu”, um novo “nós”, um novo mundo! Que esta época desperte em nós os melhores sentimentos e que eles “nasçam” em nosso coração, como Jesus. Isso sim é Natal e, respondendo ao título do nosso encontro desta semana, Natal não é papai noel. Natal é um estado de espírito, elevado, e isso não tem data!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.