No dia 31 de dezembro, chega ao fim a gestão da Mesa Diretora da qual sou presidente e tive os vereadores Pedro Kawai, Wagner de Oliveira, Rerlison Rezende, Paulo Henrique Paranhos e Lair Braga como integrantes comprometidos com o que propusemos durante a busca do apoio para a presidência.
Chegando próximo ao término deste mandato é preciso agradecer, não somente a eles, mas todos os demais vereadores que, em sua totalidade, tendo encerrado naquele 15 de dezembro de 2018 o processo de votação, se uniram em nome da manutenção da harmonia e bom desenvolvimento dos trabalhos no Legislativo Piracicabano.
Somamos 24 meses de intensos trabalhos, de mudanças estruturais que precisaram ser feitas para consolidar o que, por várias vezes, repetimos aqui, que a Câmara não retrocedesse a patamares de equívocos administrativo vivenciados num passado nem tão distante assim. Equívocos que nunca se deram pela incompetência ou ingerência de servidores, mas sim, por gestões que mais buscavam a consolidação de um modelo de poder do que de gestão.
E foi neste sentido que comprometi minha trajetória política e meu nome em favor da Câmara de Piracicaba.
Para isso, foram necessárias medidas nem sempre simpáticas, como a reorganização do controle de consumo interno, em todos os sentidos, do papel sulfite às diárias de viagem, do controle de produtos adquiridos pela Casa através de pesagem e contagem, algo que não se tinha como padrão e até mesmo o fechamento do refeitório, cujo direito dos servidores foi substituído por vale-refeição, eliminando muitas centenas de licitações que eram feitas anualmente.
Nestes dois anos, entre economias, devolução de recursos e corte direto no orçamento de 2021, superarmos a marca de R$ 22 milhões que foram devolvidos ao cofre geral da prefeitura, sem com isso prejudica uma ação sequer do Legislativo, seja das ações institucionais, seja das atividades parlamentares.
É natural que medidas como estas e tantas outras executadas não agradam a todos, mas elas tiveram o respeito dos servidores que se empenharam, sempre e além do que foram convocados, para encontrar saídas para as determinações desta presidência. Mesmo que as medidas sejam vistas como obrigação e não mérito, é preciso pontuar a importância destes avanços. Um deles é quanto ao corte direto de recursos no orçamento de 2021 e que fazia com que, ao final de cada ano, a Câmara devolvesse recursos. A gestão desta Mesa Diretora precisou brigar, exatamente isso, brigar para cortar ‘na carne’ do orçamento de 2021, para que o recurso não fosse previsto e, ao final do ano, devolvido.
Esta mudança garante que o prefeito, neste caso agora, Luciano Almeida, possa contar com, pelo menos, mais R$ 7 milhões em caixa, retirados do que a Câmara poderia evidenciar constitucionalmente. Confirmadas as previsões de arrecadação contidas nas peças orçamentárias, esta medida ganha um valor ainda maior, porque o grande desafio do novo prefeito será manter sólida a cidade no período pós pandemia.
Em primeiro de janeiro a nova Câmara toma posse, assim como a nova composição da Mesa Diretora que, espero, mantenha todos os compromissos de austeridade, gestão, inovação, transparência pública e estímulo à participação popular alcançados. Compromissos que, acima do interesse particular ou de grupos, foram cumpridos perante da Casa e a sociedade.