O que a mente não resolve, o corpo transforma em doença

Por Francisco Ometto | 16/11/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Quando a mente não está bem pode causar várias enfermidades no corpo, das mais leves às mais graves, inclusive câncer e infarto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental.

Doenças psicossomáticas (conhecidas também como transtornos somatoformes), tem sua origem em problemas emocionais e são sinais de que algo não está certo. É um grito de socorro do corpo e da mente.

A palavra “psicossomática” se forma pela união de duas palavras gregas: psique (alma) e soma (corpo).

Preocupação, estresse, raiva, nervosismo, ansiedade, mágoa, ressentimento e conflitos são algumas das causas dessas doenças. Como afirma Norton José Barbosa Caldeira, “o adoecer do ser humano é voltado para a história dele, desde o seu nascimento até o fim, dentro do que ele constrói, sua cultura, sua vida”.

Estudos modernos ligados a Inteligência Emocional e a Neurociência comprovam esse alerta e vão além, pois já são unânimes em afirmar que praticamente 90% das doenças são psicossomáticas.

Mas, como tudo isso funciona, na prática? Quando temos conflitos internos, ou seja, situações não resolvidas na mente, ela “pede ajuda” ao corpo para resolver. E o que são esses conflitos? Vou descrever apenas alguns, uma vez que existem muitos e variam de pessoa a pessoa e de histórias de vida. Um deles provém da falta de compreensão e perdão. Quando não perdoamos (não falo aqui do perdão político ou do perdão de fora para dentro), instalamos automaticamente um conflito interno, que pode estar ligado à mágoa, rancor, inveja, não aceitação de algo, raiva ou medo desequilibrados (nossa mente e nossa essência não aceitam isso), e, então, a partir daí, a mente vai tentar resolver, mas do jeito dela! Portanto, se não buscarmos ajuda correta para a solução disso, certamente sofreremos fisicamente.

Outro exemplo recorrente é que muitos não estão ligados à sua essência, não são felizes, não fazem o que gostam, não estão com quem realmente gostariam de estar, não são o que gostariam de ser, enfim, são frustrados por vários motivos, mas, mesmo assim, vão “tocando” suas vidas, muitas vezes em função de estarem entregues a influências ou a uma possível zona de conforto ou de interesse ilusório, ou mesmo por não terem coragem de assumir quem realmente são ou querem fazer. Não é difícil entender que esses conflitos vão gerar sérios problemas na vida dessas pessoas e a mente, lógico, vai tentar resolver do jeito dela.

Portanto, é fundamental o autoconhecimento, para que, em seguida, se faça uma limpeza no “lixo” interior e uma organização interna, tirando da mente o que pode trazer, em algum momento, sérios prejuízos. Trata-se de uma atitude de amor-próprio e atenção à saúde mental, temas que precisam urgentemente de mais valorização e divulgação.

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