Conhecer ou se informar: o que te torna mais interessante?

Por Francisco Ometto | 09/11/2020 | Tempo de leitura: 2 min

O problema não é que as pessoas tenham opiniões, isso é ótimo. O drama é que as pessoas tenham opiniões sem saber do que falam”. (José Saramago).

Saber algo é bem diferente de conhecer algo. O mundo atual nos inunda diariamente de informações, das mais variadas. Uma criança tem mais informação hoje do que um imperador romano tinha no passado, entretanto, boa parte das pessoas tem apenas manchetes em seus diálogos. Aprofundar-se em algum tema parece a cada dia tarefa mais complicada e isso está se tornando algo grave. Somado a isso, temos ainda as “fake news”, que colaboram consideravelmente para a confusão generalizar-se. O paradoxo é que, em meio a tudo isso, sabemos cada vez menos de nós mesmos e cada vez menos de tudo. A ciência nunca esteve tão evoluída em toda a história do Planeta, mas cuidamos muito mal do que deveria ser a coisa mais preciosa da existência humana: nossa saúde mental e emocional, a base de tudo.

Estamos congestionando nossas mentes com o que não precisamos e, por consequência, vamos nos destruindo por este mal gerenciamento de pensamentos e emoções. Neste círculo vicioso surge um cenário de ansiedade, stress e depressão, além de outros transtornos, com pessoas se cobrando e cobrando os outros cada vez mais. Antecipar-se ao futuro vira mania, o que nos desvia de nós mesmos, do presente e do foco, supervalorizando a opinião alheia. Além disso, há os que alimentam o desejo contínuo de mudar os outros e controlar o incontrolável (a Filosofia e mais precisamente o Estoicismo nos ensinam muito sobre isso. Trata-se de um poderoso “antídoto”).

Fica cada vez mais evidente a importância de aplicarmos um “filtro” no que estamos vendo, ouvindo e lendo. Informação não é conhecimento, mas é só este último que tem o poder de nos elevar emocionalmente e causar transformações benéficas.

“Especialistas” surgem a todo momento, respondendo por todos os tipos de temas, na internet, em outros veículos de informação ou nas discussões acaloradas - virtuais ou não - do nosso dia a dia.

Procure sempre analisar quem está falando sobre o que. É uma pessoa que estudou, é especialista ou tem experiência suficiente para falar do que fala ou tratar do que trata?

Escolher a trajetória correta e coerente com nossa essência está em nossas mãos, mas as fontes do “conhecimento” precisam ser bem escolhidas, caso contrário pegamos rotas erradas.

“Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada”. (Augusto Cury)

O fato é que, em nossa existência, todas as decisões estarão embasadas no grau do nosso conhecimento e na forma como gerenciamos nossos pensamentos e emoções. Compreender a importância do tema de hoje certamente nos levará a melhores parâmetros de construção de decisões. Automaticamente, isso responderá por consequências positivas ou negativas em nossa vida.

Você tinha informações sobre o conhecimento acima?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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