
Impossível não ser impactado pelo grafite na lateral de um prédio de 38 metros, na rua Alfredo Guedes, que cruza a avenida Independência próximo ao Teatro Municipal Dr. Losso Netto. O desenho – que representa a mãe natureza em um autorretrato da artista Sarah Soares – é multicolorido, expressivo e rico em detalhes, praticamente pronto. De acordo com o produtor local do projeto, Calleb Jangrossi, será finalizado hoje – está em processo apenas a fixação da pintura na empena com o selante.
Mas o sentimento é de trabalho concluído, mesmo. Afinal, já diz o nome do último produto a ser usado no grafite: fecha e conserva a arte. Na semana que vem, dia 2 de novembro, Calleb estará com um novo grupo de artistas na Vila Rezende para iniciar a segunda empena. Para esta primeira empena, revela o produtor, o grupo utilizou dois galões de tinta latex e cerca de 200 sprays.
Na percepção de Calleb, o trabalho da empena movimentou Piracicaba. “Tivemos muitos retornos positivos e espero que nossa arte abra espaços para outros grafiteiros da cidade”.
A arista Sarah também está feliz com a empena. “Nunca vivi algo parecido, uma vez que o meu trabalho maior trabalho, até então, tinha sido de sete metros. Foi um desafio. E, no grafite, você tem que se afastar do desenho para ver, e não tinha como descer a todo momento, o Calleb ia ajudando, mandando fotos”.
A realização das empenas é uma iniciativa do Proac (Programa de Ação Cultural) de São Paulo junto ao Festival Paredes Vivas 2020, sem qualquer relação com a Prefeitura de Piracicaba, como reforça o produtor, um apontamento necessário devido aos tantos questionamentos da população em caixas de comentários nas redes sociais do Jornal de Piracicaba.
A maioria das iniciativas são governamentais, complementa Jangrossi. “São principalmente iniciativas assim que sustentam este mercado. Mas, claro, se alguma empresa quiser contratar, certamente podemos realizar”, finaliza.
Erick Tedesco
erick.tedesco@jpjornal.com.br
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