Rotas –caminhos

Por José Faganello | 22/10/2020 | Tempo de leitura: 3 min

“O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim pelas dificuldades que superou no caminho” (Abraham Lincoln).

Muitos são os caminhos neste planeta em que vivemos. Ele é considerado pequeno no contexto do Sistema Solar, mas para nós, afigura-se muito grande e possuidor de imensa população, além de suas incontáveis riquezas naturais.
Em sua historia consta nomes de famosos caminhos que serviram para os mais diversos empreendimentos.

A primeira referência que me chamou a atenção foi, ao estudar a história dos persas, a “Estrada Real, construída por ordem de Dario 1°. Nela os mensageiros do Correio por ele criado, podiam percorrer 2699 km em sete dias. Heródoto registrou: “Não há nada no mundo que viaje mais rápido que esses mensageiros persas. Nem a neve, nem a chuva, nem o calor e nem a escuridão da noite impedem que realizem a tarefa proposta a eles, com a máxima velocidade”.
Além de ter notícias rápidas de suas Satrápias (divisões administrativas do Império Persa), por ela, as tropas de Dario 1°, podiam deslocar-se rapidamente para sufocar eventuais revoltas.

Ficou famosa a frase: “Todos os caminhos levam a Roma”. Deles, o mais famoso, foi a “Via Apia”, toda lajeada em seu percurso permitia, igualmente, o rápido deslocamento de tropas militares, assim como favorecia o intercambio mercantil.

Outro nome famoso foi “A Rota da Seda”. Ela unia o extremo oriente com o ocidente e teve como o mais famoso o aventureiro veneziano Marco Polo. Foi por meio dela, principalmente, que as famosas especiarias chegavam à Europa; junto vinham influências culturais, novos hábitos e a cobiça, mãe de arrojos inconcebíveis resultando nos grandes descobrimentos marinhos.

Importantes foram as “Rotas Terrestres Medievais”, com suas famosas feiras e responsáveis por semearem, ao longo de seus caminhos, cidades que cresceram, emanciparam-se, se perpetuaram: acima de tudo, foram fundamentais para uma necessária e salutar modernização.

Para os esotéricos, seria imperdoável não citar “O Caminho de Santiago à Finisterrae” (Fim da Terra). É uma estrada a ser percorrida a pé de Santiago (cidade espanhola) até o oceano, que representa o fim, a morte com o Por do Sol e o Renascimento com a Aurora, o nascer do Sol.

Rotas terrestres foram e, principalmente agora, são incontáveis e é por elas que corre o sangue do progresso. Mais fácil, na antiguidade, foram rotas pelos rios e mares.

Em nossa história, nós paulistas, temos o rio Tietê, que foi a providencial rota para a conquista de nossos sertões e as descobertas de ouro e de pedras preciosas. Tivemos, também, nossa Estrada Real, no Brasil Colônia, ia de Parati a Diamantina, por ela escoou o ouro e pedras preciosas de Minas Gerais. Conheci e percorri bom pedaço da Estrada Real e tive o privilégio de fazer todo o percurso da Romantische Strasse (Rota Romântica) que passa por pequenas cidades medievais, no estado da Baviera e me levou a conhecer o famoso castelo de Neuschanstern.

Incomparáveis são as façanhas realizadas nos mares. Fenícios, cartagineses, gregos, romanos, vikings e logo a seguir espanhóis, portugueses, italianos, franceses, holandeses e britânicos, entre outros inspiraram poetas e romancistas a descreverem seus feitos admiráveis.

O Brasil conta com mais de 4.500 quilômetros de extensão e 58% do transporte no pais é feito por rodovias; em segundo lugar vem a Austrália 50%.
Pelo gigantismo do pais seria melhor desenvolver a locomoção por água e Ferrovias.

Termino com o Caminho de Damasco, onde Saulo judeu de Tarso grande perseguidor dos cristãos, ao se dirigir para Damasco,foi envolvido por intenso clarão e tendo tomado por terra ouviu Saulo por que me persegues: tornou-se um apostolo do cristianismo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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