Por que tantas empresas fracassam?

Por Francisco Ometto | 17/08/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Listar aqui estatísticas que mostram o número estrondoso de empresas que fecham suas portas é até desnecessário e, infelizmente, cada vez mais recorrente, ainda mais em momentos de crise, como o atual. Os motivos divulgados são vários: falta de planejamento, expansão acima dos recursos, falhas no atendimento, fabricação ou prestação de serviços, problemas ligados à logística, falta de informação ou atualização, dificuldades com tributação, deficiência em competências como negociação e criatividade, liderança, entre outros. Perceba, caro leitor, que esta lista reflete situações que podem muito bem ser tratadas e resolvidas. O que vou mostrar aqui é o que tem impedido que essa lista toda seja evitada, tratada e resolvida, ou seja, ela reflete a ponta do iceberg, e, na verdade, nada se resolve sem olharmos para a base dela.

Tenho observado, com a experiência que tenho em grandes empresas que gerenciei pelo Brasil, nas Consultorias que faço, nos anos de atendimento clínico e em minhas formações acadêmicas e especializações, que, na maioria dos casos, há uma insistência em focar planejamentos e ações com base nas consequências e não nas causas.

Vejo, por exemplo, empresas proporcionarem inúmeros treinamentos (técnicos) a seus colaboradores, em vários temas, mas num verdadeiro ciclo de desperdício de tempo e dinheiro, pois há uma grande diferença entre eficiência e eficácia.

Gradativamente, a inteligência está revelando a importância do QE (coeficiente de inteligência emocional) e o raciocínio é bem simples: 80% do sucesso das Empresas e das Pessoas está ligado à Inteligência Emocional, conforme cita Daniel Goleman, considerado mundialmente o “pai” da Inteligência Emocional.

Isto explica a existência de tantos chefes e de tão poucos líderes.

Isto explica demissões de colaboradores altamente técnicos (QI), tantos processos judiciais dolorosos, péssimos climas organizacionais, doenças emocionais causadas pelo trabalho, falta de resultados e crescimento. Prejuízo emocional e financeiro.

Se sua Empresa não tem atingido os resultados esperados ou se os colaboradores não estão com potência máxima no que fazem, saiba que um dos pilares mais poderosos para a transformação desse cenário está diretamente ligado ao nível do Gerenciamento Emocional existente em cada setor da Organização.

Fazer o que se ama e ter Inteligência emocional são princípios fundamentais para qualquer outra coisa dar certo. Sem isso (seja qual for sua posição numa empresa), as chances de sucesso diminuem a cada tentativa, pois a frustração interna estará no comando.

Não existem limites ou obstáculos que segurem uma pessoa que queira realmente realizar seu sonho. Líderes verdadeiros precisam entender a riqueza que existe nessa informação.

“Você sabe que encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que acabe”. Com base nesta abrangente verdade dita pelo Filósofo Clóvis de Barros Filho, convido empresários e colaboradores a refletirem: “É assim que me sinto na Empresa que trabalho?” Se a resposta for qualquer coisa diferente de um sincero “sim”, o diagnóstico é desanimador a curto, médio e longo prazos, para todos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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