Catástrofes

Por José Faganello | 12/08/2020 | Tempo de leitura: 3 min

“Toda a natureza é ente que ignoras, / Todo o acaso direção que não podes ver. / Toda discórdia, harmonia que não entendes, / todo mal parcial, bem universal”. (Pope)

Toda vez que há uma catástrofe produzida pela natureza, muitos imitando os profetas bíblicos culpam as maldades dos homens, merecedoras dos castigos divinos.

É, de fato, tentador relacionar grandes cataclismos como sinais do que nos espera num futuro incerto, pois, somos levados a acreditar num desastre previamente anunciado pela nossa civilização, que a se desenvolver com enorme vigor material, mas sem o equivalente na esfera espiritual, produz um desequilíbrio cada vez maior.

A história da humanidade relata que houve um avanço tecnológico incessante. Para tanto foi e é necessário um consumo cada vez maior das riquezas naturais, poluição sempre mais ameaçadora e aspirações ilimitadas de maior conforto a qualquer custo. A desintegração progressiva da natureza é inerente ao modo de produção atual.

A Bíblia narra castigos terríveis contra aqueles que viviam em pecado. A expulsão de Adão e Eva do Éden, o dilúvio, o fogo destruidor contra Sodoma e Gomorra, o cativeiro da Babilônia.

Atualmente atribui-se às agressões da tecnologia humana e os castigos da natureza, cada vez mais frequentes.

O progressivo avanço do aumento populacional e do consumo de bens naturais ocasiona impactos ambientais capazes de ameaçar nossa sobrevivência no planeta. A devastação das florestas ricas em biodiversidades e, a provocar erosão, empobrecimento do solo, assoreamento dos rios, diminuição das chuvas, elevação da temperatura e proliferação de pragas e doenças, é, sem dúvida, uma ameaça apocalíptica. O que dizer, então, da poluição do solo, do ar, das águas e do avassalador consumo de recursos naturais não renováveis?

Nossa crosta terrestre é constituída por 12 placas tectônicas que ficam literalmente boiando sobre o magma pastoso. Elas estão em contínuo movimento e, ao se esbarrarem, provocam enrugamentos (cadeias de montanhas), além de abalos sísmicos (terremotos) resultantes das vibrações geradas pela movimentação das placas tectônica. Os tsunamis são ondas gigantescas originadas dos maremotos (terremotos no leito dos oceanos).

Há ainda o vulcanismo que consiste na elevação e rompimento da crosta sob a ação de forte pressão causada pelo magma. A erupção de um vulcão é acompanhada de gases, cinzas e larvas vulcânicas. Calcula-se existirem 1.500 vulcões atualmente, 627 dos quais estiveram ativos nos últimos 10.000 anos. Em um ano temos em média 60 erupções vulcânicas na Terra.

Além dos dois últimos terremotos, o do Havaí e o do Chile, que tantos estragos causaram e por nós foram testemunhados através da televisão, de 1960 até agora houve 12 grandes terremotos, sendo o que teve maior número de vítimas (650.000 pessoas), foi na China em 27/07/1976.

Mais frequentes e causando maiores estragos e com maior número de vítimas há os tufões, também conhecidos como tornados ou furacões, além das chuvaradas causadoras de trágicas enchentes.

Agora estamos ameaçados por uma praga apavorante o Coronavírus, que até agora não temos como combatê-lo.

O homem parece querer competir com a natureza. A explosão no Líbano é inacreditável.

E o nosso Brasil está beirando a catástrofe com nossos governantes buscando só os interesses deles. Não há esperança quando os que estão dirigindo continuar guiando o Brasil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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