A reflexão que trago hoje foi baseada num artigo publicado no site “A mente é maravilhosa”. Acompanhem:
Diversas emoções estão sendo vivenciadas durante o confinamento, especialmente o medo, a tristeza e a frustração.
“Sempre fomos treinados pela literatura de autoajuda para sermos felizes. Esse tipo de leitura nos ensinou a ser felizes, mas esqueceu de nos dizer o que fazer quando surgisse a angústia. E isso deixou muitas pessoas intolerantes às emoções, dolorosas. O sofrimento não é novidade, mas dessa vez foi diferente e nos pegou de surpresa. Cada pessoa está vivendo esse momento de uma maneira particular. E é impossível permanecer alheio a essa realidade.
No entanto, é preciso entender que não podemos controlar as circunstâncias em que vivemos, mas podemos controlar nossas reações e nossos comportamentos. A maneira como fazemos isso vai definir um enfrentamento mais adequado para os dias que temos pela frente. A vida é um processo contínuo de crescimento e há momentos em que esse sofrimento é mais intenso e o nível de exigência que sentimos é mais elevado.
É necessário enfrentar e entender esse universo emocional interno. Nosso cérebro fala a linguagem das emoções e precisamos compreendê-las. Partir do princípio de que é normal senti-las, de que é permitido ter medo do que acontece, do que vemos e do que nos rodeia. Mas, é claro, não permita que esse medo fique maior do que ele realmente é permitindo a entrada de pensamentos irracionais que alimentam o pânico, ou seja, não abra espaço para o que ainda não aconteceu.
Muitas vezes, quando vivemos situações cheias de incerteza e medo, consideramos verdadeiro e damos poder ao que temos mais perto: as notícias falsas que lemos, a mensagem triste que nos enviaram, um pensamento que acabamos de ter e que é completamente infundado.
É preciso aceitar as emoções, mas evitar dar a elas um poder excessivo para que não acabem controlando-o por completo.
A tristeza funciona como um sótão mental, para onde é conveniente ir de vez em quando. Essa emoção é cheia de significados, é um baú que deve ser aberto para que possamos descobrir o que está tentando nos dizer.
Sentimos a dor daqueles que se foram. Sofremos pelos outros. Ficamos preocupados ao pensar no que pode acontecer amanhã. Não paramos de pensar na nossa família, ficamos com medo de que nossos pais fiquem doentes, ficamos tristes com a realidade que nossos filhos estão vivendo. Assumir todas essas realidades internas é algo necessário. Devemos nos permitir esses momentos.
A frustração é uma emoção que tem um componente mais dinâmico. É perfeitamente normal sentir-se frustrado. A incerteza pessoal, profissional e econômica nos consome. Há muitas coisas que nos preocupam e outras que nos irritam.
A frustração também é um gatilho para a raiva. É ela que vai trazer o mau humor, a insatisfação e o nervosismo em alguns momentos do dia.
Para fazer bom uso dessas emoções durante o confinamento, é preciso entender um detalhe: tanto a raiva quanto a frustração são emoções que promovem a ação (o completo oposto da tristeza, muito mais introspectiva). O segredo é saber usá-las para canalizá-las adequadamente. A frustração pede mudanças, exigindo perspicácia e criatividade para conseguir dar respostas aquilo que gera preocupação.
Use a sua imaginação para criar um cenário de ideias que permita o fluxo de um pensamento aberto, flexível e positivo. Aprenda a ser um bom gerente das suas emoções”.