Tenha cuidado com as informações que você “compra”!

Por Francisco Ometto | 22/06/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Uma criança tem mais informação hoje do que um imperador romano tinha no passado, entretanto, a cada dia sabemos menos de nós mesmos. Congestionamos nossas mentes com o que não precisamos e estamos nos confundimos cada vez mais. Entendemos de tudo e a ciência nunca esteve tão evoluída, mas cuidamos muito mal do que deveria ser a coisa mais preciosa da existência humana: nossa saúde mental e emocional, a base de tudo. O ser humano está sofrendo e se destruindo psiquicamente por não gerenciar seus pensamentos e emoções, alimentando perdas, frustrações, mágoas, se cobrando demais e cobrando os outros, antecipando-se ao futuro, errando o foco ou supervalorizando a opinião alheia, além de querer mudar os outros e controlar o incontrolável.

Temos em nossa mente várias “caixas” e elas têm limites. Quando nos deixamos de lado e “compramos” o que não precisamos ou tentamos controlar o que não é nosso, estas caixas começam a “transbordar” e “dividem” o problema com o físico. É exatamente aí que começam a aparecer sintomas e doenças, das mais leves às mais complicadas.

A Filosofia e mais precisamente o Estoicismo nos ensinam muito sobre isso. Trata-se de um poderoso “antídoto” que trabalho com meus pacientes, alunos e também nas consultorias e que traz resultados práticos e espetaculares. A maioria do sofrimento que há no mundo e as consequentes doenças emocionais e físicas têm suas causas na falta da compreensão e da aplicação destas ferramentas. Não é possível tratarmos disso num artigo, mas quero deixar para meus leitores pelo menos algumas orientações práticas e importantes, pois são úteis, tanto para este momento que estamos vivendo, como para qualquer outro. Vamos lá: se você tiver alguma dúvida em matemática, por favor, consulte um Professor de Matemática; se você tem dúvida sobre doenças, consulte o respectivo médico especialista no assunto; se tem dúvida sobre construção, consulte arquitetos, engenheiros; se quer informação, procure Jornalistas e mídias confiáveis, profissionais devidamente credenciados e, ainda assim, cheque as fontes de pesquisas; se tem problemas emocionais, psíquicos, procure um profissional da saúde mental. E assim por diante. Definitivamente, não é no grupo de whatsapp, com amigos ou em outras redes sociais que você vai obter a melhor informação ou mesmo a informação correta, aliás e, infelizmente, são nestes lugares que as pessoas estão conseguindo adoecer cada vez mais e nem estão se dando conta de que estão apenas se prejudicando, independente de terem razão ou não.

A cada dia surgem novos “especialistas” em todos os tipos de temas, na internet e em outros veículos de informação. Procure sempre analisar “quem” está falando sobre “o que”. É uma pessoa que estudou, é especialista ou tem experiência suficiente para falar do que fala ou tratar do que trata? Finalizo com três lembretes:

1) Toda crise passa e já tivemos muitas piores do que essa na história; 2) Nesta, é imprescindível priorizarmos a solução para a pandemia, portanto, o foco precisa ser na saúde, mesmo porque o restante só vai acontecer se esta for resolvida; 3) Evite o negacionismo e o alarmismo e priorize o otimismo prudente e o foco em melhorar o Brasil, com responsabilidade, coerência e empatia.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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