O sofrimento e as doenças psicossomáticas

Por Francisco Ometto | 01/06/2020 | Tempo de leitura: 2 min

“Tenho visto as pessoas tornarem-se frequentemente neuróticas quando se contentam com respostas erradas ou inadequadas para as questões da vida. Elas buscam posição, casamento, reputação, sucesso externo ou dinheiro, e continuam infelizes e neuróticas mesmo depois de terem alcançado aquilo que tinham buscado. Essas pessoas encontram-se em geral confinadas a horizontes espirituais muito limitados. Sua vida não tem conteúdo ou significado suficientes. Se tem condições para ampliar e desenvolver personalidades mais abrangentes, sua neurose costuma desaparecer”. (Jung).

Você conhece alguém que reclama muito da vida ou que está sofrendo por algum motivo? Tem contato com pessoas que já se tornaram desagradáveis por serem tão pessimistas, negativas ou desanimadas? O muro das lamentações ganha cada vez mais espaço. Parece até que algumas pessoas têm prazer em ter problema e, sem perceber, criam uma espécie de “disputa” com o outro, quando desabafam. Já estão virando clichês frases como: “Depende de como você enxerga o problema”, ou: “O copo pode estar meio cheio ou meio vazio”. Fácil falar, né? Sim! Mas praticar é escolha, exceto, logicamente, algumas situações específicas. Na verdade, somos nós que escolhemos reclamar, sofrer ou, então, mudar nossa forma de nos enxergar e enxergar a vida.

Desde que estamos no ventre de nossa mãe, recebemos muitas influências externas, dos mais variados setores. Mas nem tudo que recebemos está sintonizado com o que realmente somos e queremos. Por exemplo, se você não faz o que ama (em qualquer âmbito da sua vida), o desastre é certo – a curto, médio ou longo prazo. E não adianta reclamar, tem que agir! Amar o que se faz é estar conectado com sua essência, ou seja, ter prazer pela própria vida (e isso só se consegue com autoconhecimento). Frases de efeito e especialistas temos aos montes, entretanto, é preciso entender que vivemos num universo heterogêneo e o que serve para determinada pessoa, pode não servir para outras. Portanto, torna-se necessário um acompanhamento individual. Especialistas podem levar pessoas ao sucesso ou ao fracasso!

Quando você não é você, quando não faz o que ama, não fala o que sente ou não resolve seus conflitos internos de maneira sincera e alicerçada, isso vai, aos poucos, se transformando em doença (psicossomática), pois nossa mente não tolera conflitos e tenta resolver “do jeito dela”.

Sofrimento, angústia, fazem parte da existência do ser humano. Não apareceu ainda a pessoa que tenha a fórmula mágica para acabar com isso. Só que, quanto mais você aumenta seus conhecimentos, melhora sua saúde mental e seu nível emocional, menos você sofre. A vida é uma dança. Dance como ela se apresentar, sem resistir e sem se apegar. Estamos aqui neste Universo para transformá-lo, mas precisamos ter a sabedoria de entender que nem todos estão no mesmo nível de evolução, portanto, a compaixão, o perdão e a gratidão nos fazem seres humanos de alto nível e isso sim nos coloca no caminho da felicidade.

“Nascemos originais e morremos cópias” (Jung).

Encontre-se e seja fiel a você.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.