Águia ou Pato?

Por Francisco Ometto | 18/05/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Certo dia, ouvi a história do Sr. “Lan”. Vou compartilhar com vocês.

“Chegando ao aeroporto de Viena, um taxista veio até mim. A primeira coisa que percebi foi um carro muito limpo. O motorista, muito bem vestido, saiu do carro, abriu a porta para mim e falou: ‘Eu sou Ian, seu condutor até seu próximo destino. Enquanto coloco suas malas no bagageiro, gostaria que lesse neste cartão qual é a minha missão’. No cartão estava escrito: ‘Missão de Lan: Levar meus clientes ao destino de forma rápida, segura e econômica, com um ambiente amigável”. Fiquei impressionado. Já dentro do taxi, Lan me perguntou: ‘Aceita um café, Sr…?’ E eu respondi: ‘Não, eu prefiro um suco’. Lan respondeu que não tinha problema. ‘Eu tenho uma térmica com suco normal, também diet e tenho água’. Completou: ‘Se quiser algo para ler, tenho o jornal de hoje e também algumas revistas, além da senha de WiFi, caso queira’. No trajeto ele foi me dizendo: ‘Essas são as estações de rádio que tenho, mas se preferir escolha uma relação de músicas’. Impressionantemente, Lan ainda me perguntou se a temperatura do ar condicionado estava como eu queria e se eu queria conversar ou preferia o silêncio! Não me segurei mais e perguntei: ‘Você sempre atende seus clientes assim?’ ‘Não’, ele respondeu. ‘Não era assim. Meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo reclamando igual aos demais taxistas, então decidi mudar minhas atitudes e fazer diferente. Olhei para outros motoristas: táxis sujos, pouco amigáveis e clientes insatisfeitos. Tomei a decisão de fazer umas mudanças. Quando meus clientes responderam bem, fiz outras mudanças. No meu primeiro ano dupliquei meu faturamento. Este ano já quadrupliquei. Você teve sorte de pegar meu táxi hoje. Já não fico mais na parada de táxis. Meus clientes fazem reserva pelo meu celular ou no meu site e, se não posso atender, indico um amigo taxista para fazer o serviço”.

Que poderosos ensinamentos esta história nos traz, totalmente pertinente ao momento que estamos passando, mas não só para ele. “Patos”, nesta metáfora, só fazem barulho, são negativos e se queixam. Águias se situam “bem acima” de tudo isso. Patos adoram a zona de conforto, a terceirização das responsabilidades, o pessimismo, a alienação de “aceitar” tudo o que falam ou fazem, sem filtro crítico.

A reflexão e o “olhar diferente” sobre as coisas estão em falta. Podemos escolher achar que não vai dar certo, mas podemos também escolher fazer algo ou, então, fazer diferente do que fizemos até aqui.

Não se prenda na sua própria versão da realidade. Por que continuar vendo o mundo na mesma perspectiva? Do que você realmente precisa? Freud uma vez disse: “Qual sua responsabilidade na desordem que você reclama?”

Abandone sua zona de conforto e algumas formas apegadas e parciais de ver as coisas e as pessoas e faça dos seus problemas oportunidades para desistir de ilusões e conformismos sobre si mesmo e sobre a vida.

Sempre existiu um vencedor dentro de você. Permita que ele viva!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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