Transar na quarentena com os filhos em casa

Por Luiz Xavier | 07/05/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Parece clichê, mas não é! Transar, fazer amor (qualquer que seja o nome que possamos dar à prática sexual) dentro de casa, com filhos que residem juntos, prá muitos casais é extremamente desanimador e, para outros, causador (ou aumento) de disfunções sexuais. Principalmente falta de tesão (masculina e feminina). Se caso essas dificuldades já existiam entre os parceiros, que dirá agora em tempos de pandemia/medo e confinamento forçado. A casa ficou pequena de repente: é todo mundo junto, apesar de não misturado!

Como diz a jornalista Heloísa Noronha “aquela velha ideia de deixar os filhos com os avós e dar uma escapadinha para o motel não faz mais sentido na nova realidade de muitos casais em tempos de isolamento social. Com as crianças em casa 24 horas por dia, sete dias por semana, as oportunidades para transar ficaram ainda mais raras. Isso, claro, quando sobra pique depois de um dia inteiro lidando com ‘home office’, homeschooling, tarefas domésticas, preparo de comida, protocolos de higiene para sair de casa comprar alimentos e remédios…”

No entanto, é importante que o casal procure não descuidar do relacionamento e da intimidade. A jornalista propõe algumas sugestões práticas que podem colaborar para manter o casal conectado sexualmente:

“Definir uma nova rotina - e colocar sexo na agenda: para que o dia a dia com os filhos não se torne uma sucessão confusa de tarefas, lições de casa e afazeres domésticos, é crucial que o casal organize bem o tempo e se comprometa a não ‘furar’ o combinado. O horário de dormir das crianças, em especial, deve ser estabelecido e cumprido, assim os dois conseguem ter um momento juntos para ver um filme, conversar, se conectar e, também, transar. Filhos cochilando? Bora aproveitar: crianças pequenas, de modo geral, costumam acordar bem cedo. Filho não é um impeditivo de uma vida sexual ativa e prazerosa”.

“O desejo deve ser responsivo, não espontâneo: em outras palavras, o ideal é que os dois não esperem o tesão aparecer, mas inventem situações para que ele surja. E isso pode durar o dia inteiro, com estímulos sensuais (um toque discreto, etc.), insinuações de duplo sentido, envio de mensagens picantes (sim, sob o mesmo teto, por que não?). Assim, quando enfim encontrarem um tempinho para transar, já estarão mais ‘ligados’”.

“Tentem inovar: a quarentena tem feito com que todos os dias se pareçam iguais. Até a percepção do fim de semana mudou - como descansar ou relaxar a mente, em meio a tanta, preocupação e coisas para resolver? Para não deixar o astral cair, principalmente no campo da sexualidade, o casal deve - quando finalmente estiverem a sós - deixar os perrengues do lado de fora do quarto (na medida do possível) e tentar algo que nunca fizeram antes. Pode, por exemplo, criar um novo roteirinho de preliminares, com algum cosmético sensual, um acessório sexual, etc. O que importa é renovar o cardápio de sempre”.

“Não foquem apenas na penetração: nem sempre o sexo será possível, por vários motivos - um deles, aliás, é a falta de concentração para transar diante das circunstâncias instáveis em uma realidade refém de uma pandemia. Porém, é recomendável tentar manter a cumplicidade e a intimidade em dia. Como? Com beijos na boca, uma massagem sensual no fim do dia, assistindo um filme na TV de mãos dadas, trocando palavras carinhosas, em um banho juntos. Manter ou tentar reviver o clima de namoro certamente são atitudes que farão bem para os dois”.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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