Terror noturno pode acometer adultos

Por Ana Pascoalete |
| Tempo de leitura: 2 min

O terror noturno configura-se como um distúrbio do sono caracterizado por episódios de pânico durante a noite. O indivíduo acometido, principalmente as crianças comportam-se como se estivem em perigo, com coração acelerado, gritos, aparência de terror, sentindo se muito vulnerável e amedrontado. Vale informar que não existe uma idade específica para apresentar o terror noturno, porém desencadeiam se com mais frequência em crianças com idades entre dois e cinco anos, mas pode surgir antes mesmo da criança completar um ano.

É importante abordar que o terror noturno é diferente do pesadelo. O pesadelo não precisa de tratamentos específicos e em períodos de harmonia psíquica tende a desaparecer ou serem raros, enquanto o terror noturno pode refletir como um distúrbio severo que, principalmente, na infância promove muita angústia podendo, inclusive, desencadear comportamentos destrutivos, e a necessidade de adequar um tratamento específico, visando amenizar o sofrimento que atinge os acometidos e demais familiares. Embora esse distúrbio promova muito sofrimento, não gera prejuízos de aprendizagem mantendo o desenvolvimento da criança normal.

Em algumas raras exceções a criança apresenta mais de um evento no decorrer da noite, e nesses casos e possível surgirem sintomas diurnos que afetam a criança física e psicologicamente, por exemplo se a criança não dorme adequadamente, não apresentara um sono reparador, podendo sentir sono na sala de aula, tendo prejuízos no processo de alfabetização (aprendizagem) escolar, etc.

Os tratamentos oferecidos não são específicos, pois cada caso é avaliado individualmente de acordo com sua complexidade e singularidade, porém e muito comum os sintomas cessarem antes do início da adolescência. As causas específicas que podem desencadear o terror noturno ainda são desconhecidas, mas pesquisas apontam que são mais comum em crianças ansiosas, com quadro de tristeza ou depressão.

Estudos recentes chamam a atenção para prematuridade do sistema nervoso central. Os ataques de terror noturno geralmente duram poucos minutos. As manifestações começam ainda dormindo com comportamentos de intensa agitação, suor, gemidos e gritos. Geralmente, a criança acorda abruptamente e permanece com medo, podendo não reconhecer as pessoas ao seu redor de imediato, ainda podendo apresentar sonambulismo e, em alguns casos, acontece agressões com objetos.

Vale orientar aos pais que quando houver início de prejuízos físicos e emocionais e momento de buscar por ajuda médica e psicológica imediatamente, sendo uma estratégia para a redução dos sintomas.

São raras as exceções de crianças que são acometidas até a vida adulta, quando isso ocorre e necessário um diagnóstico preciso para um tratamento efetivo e adequado, lembrando que pessoas adultas podem apresentam terror noturno ao vivenciarem situações traumáticas.

Estamos vivendo um momento que vale evidenciar a necessidade de cuidar da saúde mental, com o fator do isolamento independente de ser vertical ou horizontal, promove maiores dificuldades do sono reparador noturno, estimulado pelas preocupações vinculadas à pandemia. Se estiver apresentando sintomas procure por psicoterapia online, essa facilidade pode contribuir muito para as pessoas com maior vulnerabilidade nesse momento e que estão mantendo-se em suas casas.

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