Como manter a saúde psíquica em época de confinamento

Por Ana Pascoalete |
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Diante do cenário instalado no mundo com a pandemia do Covid-19, vivemos uma crise com características até então nunca experiênciadas pela maioria da população, visando o enfrentamento do cenário atual. Baseado em pesquisas que apontam os efeitos do confinamento na vida dos indivíduos, o tempo da quarentena deve ser o menor possível devido à relação do seu prolongamento a piores prognósticos psicológicos.

O aumento do tempo de isolamento também pode exacerbar os sentimentos de frustração e ou desmoralização, desencadeando quadros psíquicos patológicos como depressão, crises de ansiedade, síndrome do pânico, suicídio, e ainda promovem descompensação nos quadros psicopatológicos estabilizados como esquizofrenia, transtorno de personalidade bipolar, borderline, e outros, devido os fatores estressores.

De um dia para outro a população foi orientada a mudar sua rotina, desconstruindo tudo que aprenderam durante anos no decorrer de sua vida, como os hábitos de trabalho, estudos e demais demandas e, ainda, são bombardeadas com uma enxurrada de informações e temores, que se propagam de maneira apreensiva podendo intensificar com o aumento de infectados pelo ‘inimigo invisível’ coronavírus que ameaça o planeta.

Além de pesquisar por fontes confiáveis a população necessita protagonizar boas práticas, como o auto cuidado emocional, evitando o excesso de informações desnecessárias que ressaltam as dificuldades pela exacerbação do pessimismo, potencializando o momento delicado que vivemos.

Agora é hora de estimularmos experiências como a solidariedade e a fé, acreditando em novas perspectivas em prol da valorização da vida. Precisamos nos conscientizar que estamos vivendo um momento mundial de novos aprendizados. Essa forma de visão e enfrentamento auxilia no fortalecimento do ego para os indivíduos conseguirem lidar com a situação de forma mais branda, na tentativa de preservação da sua saúde mental.

Os indivíduos em situações de estresse devem ficar atentos ao reconhecimento dos fatores estressores, evitando-os quando possível, expressando seus sentimentos sempre e buscando por uma rede de apoio, com profissionais especializados e, se for o caso, que auxilie na busca de entendimento e revisão dos aspectos de sua própria vida, dedicando-se a práticas que ocupem sua rotina de maneira saudável e a oferta ou sugestão de atividades de entretenimento que auxiliam no melhor manejo para os sentimentos de estresse pelo confinamento.

O uso do celular e demais meios eletrônicos no decorrer desse período podem ser considerados necessidades essenciais, por promoverem contatos por meio da comunicação com indivíduos que compõem seus laços de afeto, sendo um bom manejo para dedicar o tempo, auxiliando em sensações de bem-estar.

É de extrema importância que as pessoas reconheçam seu estado emocional, por isso é muito importante manter uma alimentação saudável, rotina com horários estabelecidos, principalmente com tempo adequado para dormir, atividades como trabalho, estudo, autocuidado, cuidados com a casa. É muito significativo, que mesmo confinados, possam estabelecer um tempo para a prática de atividade física, focando ainda a possibilidade de tempo que restar livre para hobbies.

Esse é o momento para cuidar de si, e ajudar pessoas confinadas com você a cuidarem-se também. Precisamos levar a sério a saúde mental, principalmente das crianças e idosos que ficam mais vulneráveis nesse momento, além, claro, de valorizar os profissionais da saúde que se mantêm na linha de frente dessa pandemia, atuando com muita garra e força, arriscando-se para salvar vidas.

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