Dia Internacional da Mulher

Por Érica Gorga | 08/03/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Já comentei neste espaço que, este dia está historicamente ligado à defesa do voto feminino. As mulheres se uniram, realizando manifestações em prol do direito de participar das decisões políticas e de eleger seus governantes. Em nosso país, as brasileiras puderam votar e ser votadas pela primeira vez somente nas eleições de 1933.

Estamos em ano de eleições municipais e cabe ressaltar que a maioria dos eleitores brasileiros é do sexo feminino. Entretanto ainda hoje muitas mulheres têm receio de participar ativamente na política. Lembro que: “Nas eleições municipais de 2016, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o número de candidatas correspondeu a 31,89% do total, número pouco superior à obrigação legal de lançamento de 30% de candidaturas femininas. Surpreendentemente, em 2016, 14.417 candidatas mulheres não receberam um voto sequer, o que indica que participaram somente como meras laranjas para cumprir a quota legal feminina, a fim de que partidos políticos pudessem lançar candidatos homens. Resultou das eleições municipais passadas que 1.286 cidades brasileiras não têm hoje uma única vereadora em suas câmaras municipais.”

A situação de Piracicaba ainda deixa a desejar. Atualmente, apenas 8,07% da Câmara de Vereadores de Piracicaba é composta por mulheres. Os homens são imensa maioria: ocupam 21 das 23 vagas de vereadores.

É chegado o momento de expandir a participação feminina nas eleições municipais de 2020. As mulheres piracicabanas que desejem concorrer para cargos eletivos têm até o dia 4 de abril para estar com filiação aprovada pelo partido político pelo qual pretendem se lançar candidatas.

O Tribunal Superior Eleitoral acaba de divulgar a campanha “Mulheres na Política. Seja o exemplo que nós precisamos”, que incentiva a participação feminina na política e vai ao ar durante todo o mês de março. A mensagem diz que: “Quando uma mulher tem voz ativa, ela incentiva outras a falarem também. Quando uma mulher lidera, ela incentiva outras a liderarem também. Quando uma mulher ocupa um cargo público, ela incentiva outras a ocuparem também. Aumentar o número de mulheres em cargos públicos é fundamental para a democracia. Afinal quando uma mulher defende os seus direitos, incentiva outras a defenderem também.”

Na semana passada faleceu a Sra. Rosalind Walter, aos 95 anos, a primeira mulher rebitadeira que trabalhou durante a Segunda Guerra Mundial ajudando a fabricar aviões de combate em uma fábrica em Connecticut nos Estados Unidos. Rosalind inspirou a personagem “Rosie the Riveter”, que se transformou em canção e ícone cultural da ideia de empoderamento feminino, retratando as mulheres que trabalharam na época da guerra. Ficou muito famoso o cartaz da mulher com lenço vermelho no cabelo, camisa azul masculina e braço flexionado em gesto de força dizendo: “We can do it!”, ou seja, “Nós Podemos!”.

É preciso que mais mulheres hoje inspirem-se em Rosie, engajem-se e façam a diferença especialmente na esfera política, talvez a área que mais carece de representatividade feminina em nosso país. Feliz Dia Internacional da Mulher a todas!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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