O Coronavírus em São Paulo

Por Érica Gorga |
| Tempo de leitura: 3 min

A prefeitura de Piracicaba informou que existia suspeita de caso do novo coronavírus na cidade. Segundo as informações, a mulher, de 37 anos, estava em isolamento domiciliar e chegou à cidade logo antes do Carnaval, vinda de Milão, na Itália. Felizmente, a suspeita foi descartada, e por enquanto os piracicabanos podem respirar aliviados.

Houve um caso confirmado em São Paulo (capital) do empresário de 61 anos, que adoeceu logo após retorno de viagem pelo norte da Itália. O carnaval de Veneza, a cidade mais famosa pela festa na Europa, foi cancelado. Mas, no Brasil, foi divulgado crescimento exponencial de número de suspeitos de contaminação por coronavírus logo após o carnaval. Autoridades afirmam que eram 300 casos suspeitos no país, até o dia 28/2, com cerca de 85 no estado de São Paulo. O número deve aumentar.

Trata-se de questão de saúde que exige prevenção e mudança drástica no comportamento rotineiro da população para restringir a contaminação das pessoas. Todos devem passar a lavar as mãos com água e sabão com maior frequência. É preciso evitar o contato das mãos com a boca, nariz, olhos, e com o rosto em geral. Especialistas avisam que é prudente manter distância das pessoas e não partilhar comida, utensílios, copos nem toalhas.

Sabe-se que não é fácil modificar hábitos, especialmente porque a cultura brasileira é dada a contato corporal nos cumprimentos interpessoais do dia a dia. Isso deve mudar temporariamente, pois recomenda-se que as pessoas evitem apertos de mão, abraços e beijos no trato social.

É necessário que todos se conscientizem, inclusive para sua autoproteção. Sacerdotes, pastores e demais líderes religiosos precisam alertar os fiéis a fim de prevenir eventuais contágios por meio do convívio nas instituições religiosas. Comunicados estão sendo emitidos: a orientação é evitar apertos de mão e mãos dadas durante as celebrações religiosas. As hóstias devem ser dadas nas mãos de cada um e não na boca. É preciso também disponibilizar álcool em gel para que os fiéis possam se higienizar.

O avanço global do coronavírus prejudica o comércio internacional, as viagens de passageiros e especialmente o turismo mundial. Fábricas na China estão paradas e, em consequência, já faltam peças no mercado brasileiro para a produção de celulares e computadores, com risco de paralisação de fábricas nacionais de eletroeletrônicos. A solução em alguns setores é dar férias coletivas aos funcionários.

O governo já anunciou que vai cortar a previsão de crescimento do PIB nacional. É uma notícia ruim: se a economia já estava crescendo pouco, a situação econômica tende a se agravar. Especialistas consideram que o coronavírus pode afetar o preço das mercadorias e prejudicar as exportações brasileiras.

Espera-se que o governo faça a sua parte, alertando a população e prestando pronto atendimento aos pacientes. Isso também se aplica à prefeitura piracicabana, que deve reforçar os esforços de alerta e prevenção, especialmente nas comunidades mais carentes. Os postos de saúde devem estar bem preparados para informar e atender a população. Após febre persistente por mais de 48 horas e desconforto respiratório, as pessoas devem procurar atendimento médico.

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