A lei do Retorno realmente existe?

Por Francisco Ometto | 14/02/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Esta é uma pergunta que frequentemente pacientes e alunos me fazem e, no artigo de hoje, vou compartilhar com vocês informações importantes sobre este tema.

Será que realmente quando faço algo “errado” ou “certo”, recebo de volta na mesma proporção? Quantos de nós crescemos ouvindo as pessoas falarem: “Aqui se faz aqui se paga”... ou tantas outras frases com o mesmo teor “profético”.

Para começarmos a entender de forma mais inteligente este tema que é, infelizmente, tão mal compreendido e utilizado pelas pessoas, trago uma frase de um grande mentor indiano, Swami Sivananda, que diz: “O homem semeia um pensamento e colhe uma ação, semeia um caráter e colhe um destino”.

Portanto, caro leitor, se buscamos por algo que, notadamente e comprovadamente nos faz mal, como (por exemplo) o uso de drogas ilícitas, é lógico que receberemos o “mal” de retorno. Usar drogas causa dependência, doenças, enfim, uma série de coisas “ruins”. Outro exemplo é nossos relacionamentos. Se nos relacionamos ou convivemos com pessoas (no âmbito pessoal ou profissional) que não nos elevam, ou seja, não nos trazem positividade, evolução ou são como “âncoras” nos empurrando para baixo, não há dúvida que nossa vida ficará cada dia pior. E muitos ainda reclamam depois... Na verdade, nós é que escolhemos nossa vida, e não ela que nos escolhe... Costumo dizer que somos hoje o que pensamos ontem. Reflita com calma depois sobre esta frase e se surpreenda com os resultados!

De outro lado, você pode me perguntar: “Mas e aqueles que praticam injustiça, que falam mal dos outros, que se vingam, etc., como é a lei do retorno neste caso?” Um dos maiores cientistas da mente que já apareceram por este Planeta, o Sr. Sigmund Freud, nos deixou o legado do inconsciente. É neste espaço, um dos mais significativos do ser humano, que se registram e se concentram nossas “autorizações”; o que recebemos por hereditariedade (que Jung também trata em seus estudos sobre o inconsciente coletivo) e o que aceitamos e construímos durante nossa existência. Não será possível estender este tópico neste artigo, pela sua abrangência, mas resumidamente quero que meu leitor entenda que todo vício, toda carga emocional negativa ou positiva, enfim, todas as crenças, transtornos, desconfortos e manias que temos, foram criadas e autorizadas por nós mesmos, ao longo da nossa vida. Um vício que temos, por exemplo, em um dado momento da nossa vida, foi uma autorização que demos a nós mesmos e ficou registrada em nosso inconsciente. Damos ordens a ele e ele, então, entende que “aquilo” é bom e começa a nos comandar, naquele sentido. Portanto, a conclusão é óbvia. Se, por exemplo, alguém se vinga ou comete alguma injustiça com alguém, na mente dela, “aquilo” já está “registrado” como bom e aceitável e, portanto, ela vai atrair “aquilo” em um dado momento da vida, porque faz parte da energia dela, autorizada e aceita por ela. É assim que funciona a Lei do Retorno. Portanto, foque na frase do sábio indiano. Sabedoria é nos educar para cultivar dentro de nós apenas sentimentos bons, positividade, amor, respeito, companheirismo, altruísmo. Claro que não é fácil, mas é possível. A partir do momento que você altera essa frequência (ordem) no inconsciente, se perdoa e perdoa os outros, seu consciente vai receber e projetar isso diretamente na dimensão que você vive. E os resultados são fantásticos. Experimente!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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